O deputado estadual Claudio Vereza (PT) insiste na ideia de que ainda falta muito tempo para as definições eleitorais, mas não é bem assim. É verdade que muita coisa é decidida no frigir dos ovos, em cima da hora, mas o processo eleitoral capixaba caminha cada vez mais para a indefinição. A pergunta da classe política é: será que tudo se resolve até o dia 5 de julho?
De certo, apenas as candidaturas de Camila Valadão ao governo e André Moreira ao Senado, aprovadas em convenção pelo Psol. O governador Renato Casagrande anunciou sua pré-candidatura e deve aboná-la na convenção do PSB de 28 de junho. E aí acabam-se as certezas.
O PSDB deve decidir até este fim da semana com quem vai. As apostas oscilam, num dia, todo mundo tem certeza que ele ai para o palanque de Casagrande, no outro dia, há 99% de certeza que fecha com o palanque de Paulo Hartung (PMDB). Hoje a tendência é ficar com o PMDB, mas não se sabe o que vai acontecer até o fim da semana.
O PT insiste na candidatura de João Coser ao Senado. Uma vez definida a candidatura ao governo, o partido tem hoje quatro nomes colocados na disputa, uma tentativa de enfraquecer a candidatura do deputado estadual Roberto Carlos, nome que atende ao interesse de Paulo Hartung no PT.
O PDT, ao que parece, vai com o PT para onde quer que vá. Não porque morre de amores pelo partido, mas porque a nacional determinou. Como isso se articula na proporcional é que se dá nó. Os partidos são parceiros, mas com nove deputados estaduais ao todo, vai ficar difícil.
Mas a grande dúvida da classe política segue em torno do silêncio sepulcral de Hartung. Ele diz que só vai falar na convenção do partido, no dia 29. Nos meios políticos, o fato de ele ter minoria hoje no PMDB, quem diria, pode fazer com que suas articulações diminuam ainda mais o ritmo.
Mas em se tratando de Hartung, tudo pode acontecer, inclusive, nada. Casagrande continua aguardando o movimento de seu principal pretenso adversário. Mas, por enquanto, a guerra de nervos continua e só deve acabar às vésperas do fim do prazo para que as lideranças tomem uma decisão. Ainda bem que só faltam 13 dias.
Fragmentos:
1 – Os recursos federais para mitigar os estragos da chuva foram tema dos pronunciamentos dos deputados estaduais nessa segunda-feira (16), mas se depender da bancada do PT, a presidente Dilma vai acabar pagando essa conta mesmo.
2 – Nesta questão é preciso analisar também se houve por parte dos municípios o cumprimento de uma exigência legal para a liberação: projeto. Mesmo emergenciais, as obras precisam do mínimo de planejamento.
3 – Nisso, o Espírito Santo já tem fama em Brasília. Há pouco tempo o governo do Estado teve de reapresentar o projeto do aeroporto, justamente por problemas no projeto básico.
