A sociedade necessita evoluir, melhorar qualidade de vida e para isso precisa rever as estratégias de busca de direitos. Enquanto os movimentos sociais lutam por melhores condições de vida, transporte, educação, saúde e segurança, o movimento sindical batalha na garantia de direitos dos trabalhadores.
Companhias que até o fim da década de 1990 tinham cerca de 7 mil empregados próprios, hoje não têm mais de 200, o resto são terceirizados. Isso acarreta na perda de direitos dos trabalhadores e, consequentemente, na baixa dos salários e redução da qualidade de vida.
O sindicato precisa atuar no processo de mudança. No passado, luta foi para a garantia dos direitos e melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores. Com a evolução nas conquistas da classe – participação nos lucros, horas extras, entre outras – o capitalismo implementar uma nova realidade, que é a terceirização, que acabou por achatar os salários dos e reduzir gradativamente a qualidade de vida dos trabalhadores.
O movimento sindical, no entanto, não acompanhou essa nova realidade, deixando com que isso se expandisse, sem que nada fosse feito. Com o enfraquecimento da luta, no fim da década de 1990, as direções sindicais passaram a combater as lideranças, pedindo até mesmo a demissão dessas lideranças, com o receio de que poderiam tomar a direção dos sindicatos. Essa realidade é uma volta ao passado, com uma diferença, antes os empregados temiam os patrões, hoje temem a direção do sindicato.
Não existe alternativa para a retomada do poder econômico e social dos trabalhadores a não ser o retorno ao cooperativismo. Neste sistema há, de fato, a participação nos resultados, qualificando a ideia de solidariedade.
O movimento sindical deve tomar as bandeiras de luta tradicionais, como as reformas política, judiciária, sindical e tributaria e voltar às ruas acrescentando elementos que facilitem ao governo retomar o avanço da sociedade com novas formas de luta. Acorda, movimento!