A semana ensanduichada entre jogos do Brasil na Copa do Mundo e feriado de Corpus Christi leva ainda mais para o campo dos bastidores as discussões eleitorais nesta reta final para as definições da classe política. Faltando menos de 10 dias para o fim do prazo das convenções partidárias, sobram dúvidas sobre o posicionamento dos principais atores na disputa deste ano.
O foco, evidentemente continua sobre o mistério em torno da candidatura do ex-governador Paulo Hartung, que adota o discurso da necessidade de crescimento do Estado, dando a entender que seu sucessor freou o que ele entende por desenvolvimento, mas continua em compasso de espera sobre as movimentações, tanto em relação ao cenário local quanto aos movimentos nacionais.
Enquanto isso, trava uma batalha nos bastidores com o governador Renato Casagrande. Os dois testam suas influencias nos partidos que podem fortalecer ou enfraquecer um ou outro palanque. O PT vive a pressão do momento, com o ex-governador tentando costurar um acordo que parece muito favorável à sua candidatura, enquanto Casagrande tenta também mostrar força dentro do partido por meio de seu vice, Givaldo Vieira.
Nesta queda de braço, o ex-governador leva vantagem, já que seu aliado no partido, o ex-prefeito de Vitória João Coser, tem a maioria. Já no PSDB, Hartung tem minoria, mas seus aliados tucanos tentam a todo custo tirar o partido do palanque de Casagrande para enfraquecê-lo. Já no PMDB, com a maioria favorável a Casagrande, Hartung tenta, por meio da deputada federal Rose de Freitas, ganhar a confiança dos correligionários. Mas uma coisa é Rose pedir em seu favor e outra é pedir em favor de Hartung.
O fato é que na reta final o processo parece truncado, e a providencial semana curta pode deixar longe dos holofotes os acertos de última hora para que na próxima semana, enfim, se chegar a uma definição para o início do processo eleitoral.
Fragmentos:
1 – Em recente pronunciamento em Vila Velha, o ex-governador Paulo Hartung ressaltou a insatisfação das redes sociais com o atual governo, um discurso estranho para quem não tem nem Twitter ou Facebook.
2 – Aliás, Hartung não é a única liderança política que ainda não compreendeu a importância das redes sociais para a nova forma de diálogo com a população. Há o uso das ferramentas, por parte da classe política, mas não do jeito que deveria ser.
3 – A ida do secretário de Transportes do Estado Fábio Damasceno à Assembleia Legislativa ressaltou a veia de vereador de alguns deputados estaduais.