
Os vereadores envolvidos na polêmica da anulação da CPI do Pó Preto na Câmara de Vitória, que ficam nesse jogo de empurra sobre a responsabilidade pela investigação não ter dado em nada, têm pelo menos uma coisa em comum: todos temem – e muito! – o Ministério Público do Estado (MPES). Mas, se for para escolher entre um dos membros da comissão – Rogerinho Pinheiro (PHS), relator; Davi Esmael (PSB), presidente; e Vinícius Simões (PPS), vice – e o presidente da Casa, Namy Chequer (PCdoB), arrisco dizer que o título de campeão está mais próximo de Rogerinho. Depois de chutar o balde daquele jeito na sessão da última quinta-feira (15), aparecer desdizendo o que está gravado e público, é no mínimo surreal. Em meio a acusações enfáticas que ele disparou para o lado do MPES e de Namy, o vereador chegou até a dizer: “Se for pra jogar m… no ventilador, não vai sobrar pra nós, não”. “Ué”, já perdeu a certeza?
No centro
Nesse desenrolar das questões da CPI, aliás, só dá o MPES . Começando pela conclusão do relatório, que acusa o órgão ministerial de omissão, passando pelos depoimentos dos vereadores da comissão ao promotor Marcelo Lemos no inquérito que apurou “irregularidades na investigação”, até chegar à decisão de Namy de acatar a conclusão da Promotoria e determinar o fim do relatório.
No centro II
Sobre a anulação do relatório, Namy disse ter atendido “a uma cobrança insistente do MPES” e que os membros da CPI “amarelaram” na hora de provar a omissão do Ministério Público.
No centro III
Já Rogerinho, na sessão, acusou Namy de ceder à pressão do MPES – “ficou com medo, não teve pulso” – e o promotor de induzir os depoimentos e entregá-los aos advogados da Vale para defender a mineradora na ação que interditou as atividades no Complexo de Tubarão. Poucos dias depois, porém, resolveu se fazer de desentendido, inclusive com elogios ao Ministério Público.
Em casa
Não tem os “faltosos” do debate organizado pela sociedade civil no Centro de Vitória que aconteceu há dois dias? Então, agora pergunta se eles também faltaram ao debate realizado pela Fucape nessa quarta-feira (21)? Nananinanão! Estavam lá, bem à vontade, o prefeito Luciano Rezende (PPS), Amaro Neto (SD) e Lelo Coimbra (PMDB).
Campanha
Por falar em Lelo, na noite desta quinta (22) ele realiza o “Encontro dos Amigos do Lelo”, no Cerimonial Oásis, em Santa Lúcia, Vitória. O convite individual custa “milzinho” também?
Expectativa x realidade
É assustador o número de reclamações nas redes sociais de roubos de bicicletas em Vitória, principalmente na orla de Camburi. Ocorrem sempre nos bicicletários e em horários variados. Quer dizer: o prefeito incentiva o uso das magrelas, faz uma ciclovia, fecha pista no domingo, aquela coisa toda, mas não garante o mínimo de segurança para fazer vingar o meio de transporte que é vitrine de sua gestão. Contraditório, no mínimo.
Me engana…
A propósito, no Dia Mundial Sem Carro, nesta quinta-feira (22), e em pleno ano de eleição, o cenário não poderia ser outro. Políticos posando para foto em bikes, ônibus…aquela firula toda. Só compra mesmo, quem não conhece.
De olho!
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo criou uma plataforma interativa “Ctrl+X” para fiscalizar os políticos que tentam censurar a web. Um videotutorial no Youtube ensina o usuário a encontrar as informações sobre candidatos e partidos que mais entram com processos contra jornalistas e empresas de mídia contra a divulgação de informações. Você pode checar os pedidos de censura prévia por Estado, clicando aqui.
Alvo local
Assim como diversos veículos de mídia em todo País, Século Diário também é vítima de cerco judicial e irá colaborar com o levantamento, colocando os dados aqui. Quem sabe não vem um “Censurômetro” por aí.
140 toques
“Falta d’ água. Ha mais de um ano que vínhamos alertando! Então agora teremos racionamento de água. O governo teve tempo suficiente para evitar isso”. (Deputado estadual Sérgio Majeski – PSDB – no Facebook).
PENSAMENTO:
“É claro que a política não é o ofício da bagatela, a pragmática da ninharia. quem cuida de coisas pequenas, acaba anão”. Ulysses Guimarães