Sob os efeitos da saída do advogado Luciano Machado e consequente entrada de Homero Mafra na eleição para a seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), os candidatos de oposição Santuzza da Costa Pereira e José Carlos Rizk Filho devem bater o martelo sobre uma possível aliança para enfrentar o atual presidente da Ordem até a próxima segunda-feira (28). Embora esta pareça ser a solução ideal para enfrentar Mafra, nos bastidores ecoam fortes resistências tanto de um grupo como do outro. Mas, principalmente, da seara de Rizk em relação à Santuzza. Foi exatamente em decorrência desse impasse que Mafra teria mudado sua estratégia para se manter no controle da OAB-ES. Longe de querer contestar a versão oficial apresentada por Luciano Machado para sair do pleito, o que circula nas rodas é que o atual presidente percebeu que o cenário era favorável para viabilizar seu nome novamente, mesmo com o desgaste à sua imagem decorrente de dois mandatos. A reviravolta no pleito força, enfim, uma conversa entre os grupos de oposição. Embora Santuzza e Rizk tenham acenado um para o outro na mídia, a história não passou daí, como comentam nos bastidores. Só que, agora, não tem mais para onde correr. As cartas estão na mesa, à espera da definição do jogo.
Clima
A propósito, circula nas redes sociais nota do grupo de Santuzza com críticas à entrada de Homero Mafra na disputa. Diz que o presidente da Ordem sepultou sua promessa de não disputar o terceiro mandato e considera “estranho” que ele não tenha criado novas lideranças para sucedê-lo. “Ou será seu sonho se perpetuar no poder?”, questiona.
Detalhe…
O pai de Santuzza, o ex-presidente da Ordem, Agessandro da Costa Pereira, que é seu principal cabo eleitoral, comandou a OAB-ES entre 1989 e 2005. Nada menos do que sete vezes seguida.
Debandada
O pedido de desfiliação do ex-deputado estadual Vandinho Leite, o novo tucano do pedaço, já chegou ao PSB da Serra. A expectativa agora se volta para o documento do prefeito Audifax Barcelos que, sem dúvida, vai deixar a sigla acompanhado de uma caravana, com destino certo ao Rede Sustentabilidade.
Debandada II
Só no município, Audifax reuniu cinco mil assinaturas para a criação do partido idealizado pela ex-senadora Marina Silva. O prefeito, como se sabe, vai ser o comandante da Rede no Estado.
Fora
O deputado estadual e ex-prefeito de Guarapari, Edson Magalhães, também já mexeu os pauzinhos para deixar o DEM. Está a um passo do PMDB, para disputar a prefeitura em 2016, em confronto com o ex-aliado e atual prefeito, Orly Gomes, do DEM.
Lenha na fogueira
Alguns deputados estaduais mantêm sua contradição habitual. Depois da polêmica do projeto de autoria do governo que regulamenta a contratação temporária de servidores, somente Sérgio Majeski (PSDB) votou contra a matéria. Na véspera da votação, ele fez duras críticas à proposta, assim como Sandro Locutor (PPS). Mas Locutor mudou de ideia rápido e votou junto com o governo.
Já foi
Após reunião no Ministério da Educação, o deputado federal Helder Salomão (PT) avisa que o seminário para debater o Plano Nacional de Educação (PNE) no Estado será no dia 26 de outubro. Aí eu me pergunto: a essa altura do campeonato, com o Plano Estadual de Educação (PEE) já enfiado goela abaixo da população, o que adianta?
‘Babou’
Enquanto o restante da gestão Hartung eleva os gastos com publicidade, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) rompeu, de forma unilateral, com a agência Contemporânea. Vai chover!
Manjado
O mercado está de olho num pregão eletrônico aberto pela Assembleia Legislativa. Diz o seguinte: contratação de empresa para prestação de serviço de televisão por assinatura via cabo, “para atender às necessidades desta Casa de leis”. Mas olha o pré-requisito, ter na grade de canais a TV Ales (só a NET tem). Então…adivinha quem vai ganhar?
140 toques
“Minha solidariedade aos familiares e amigos de Edival Petri, ex-prefeito de Anchieta, liderança querida por toda região, que nos deixou ontem [quarta-feira, 23]” . (Deputado federal Givaldo Vieira – PT – no Twitter).
PENSAMENTO:
“O erro maior do governo é não fazer nada quando descobre que só pode fazer pouco”. Edmund Burke
