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‘Penetra’

Foto: Leonardo Sá
Em 2017, esquivou-se e enviou representante, o vice-governador César Colnago (PSDB). Neste ano avisou de véspera, pegando os deputados de surpresa. Chegou o dia da prestação de contas anual, na manhã desta quarta-feira (29), e Paulo Hartung e sua claque logo ficaram a postos na Assembleia Legislativa. Eram muitos! Olha para a galeria (foto acima), o “lugar do povo”, que também tem direito a assistir ao ato obrigatório e…fechada, com aviso de “manutenção”. Mas logo no dia da prestação? Pois é, já seria o primeiro sinal de esforço do presidente da Casa, deputado Erick Musso (MDB), em garantir um clima nada adverso para Hartung no legislativo estadual. Iniciada a sessão especial, mais uma vez, “mão amiga”. Houve manobra da Mesa Diretora para inverter a ordem de inscrição dos deputados para questionamentos. A mudança tirou do primeiro lugar da fila o único deputado de oposição e verdadeiro calo no sapato de Hartung, Sergio Majeski (de saída do PSDB). Ele reclamou com Erick, gesticulou, mas não recuperou a colocação. Ficou pra depois, abrindo espaço para que o governador fizesse seu show tranquilo por um bom tempo. Na vez do deputado, porém, não teve como escapar, foi dedo nas feridas da atual gestão: denúncias de corrupção e desmanche da educação. O governador sacou suas conhecidas frases de efeito para esconder qualquer incômodo. Mas as caras e bocas, registradas em muitas imagens, não negam. Saiu quase tudo como manda o figurino.
Remember
Com a diferença do personagem principal – este ano Hartung, no passado Colnago -, Majeski de novo “salvou” a prestação de contas, cumprindo o papel de fiscalizar o governo. O que há muitos anos é raro no Estado.
'Eu sou o cara'
A claque do governador fez o dever de casa direitinho. Aplausos e aplausos, a cada respiração. Às vezes, o próprio Hartung era quem puxava a plateia. 
'Eu sou o cara II'
No discurso inicial do governador, tudo igual: recuperação da economia, equilíbrio de contas e o Estado como exemplo para o resto do País. É o mantra. 
Fiscal?
A matéria da Assembleia Legislativa sobre a prestação, divulgada no site oficial, também só reproduziu as maravilhas apresentadas pelo governador. E comenta: “teve tom de balanço de mandato”.
Providencial
Como é ano eleitoral, o governador não poderia deixar de fazer uma graça para os servidores públicos. Anunciou reajuste no auxílio-alimentação, que passará de R$ 220 para R$ 300, e que enviará aos deputados, no mês que vem, o projeto de reajuste salarial. Demandas antigas da categoria, totalmente ignoradas até hoje. Será que cola?
Agora sim…
Lá pelas tantas, o governador, para valorizar os projetos de vitrine da atual gestão, como o Escola Viva, afirmou que todos foram apreciados pelo economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e seu articulador no cenário nacional. Convenceu?
Em casa
Homem de confiança de Hartung e há pouco tempo reassentado no governo, o ex-secretário Neivaldo Bragato também circulou pelo plenário da Assembleia nesta quarta. Como nos velhos tempos…
Mesmo dia
Coincidência à parte, Majeski realiza a prestação de contas e avaliação de três anos de mandato na noite desta quarta-feira (28), no Cerimonial Vilani, na Mata da Praia, em Vitória. O deputado havia marcado e anunciado a data primeiro.
Nas redes
“A arrogância e a prepotência foram marcas na prestação de contas do governador do ES na Assembleia Legislativa. Tentando responsabilizar nosso governo pela inoperância e insensibilidade com os mais necessitados de 2015-2017. Deveria ser grato aos resultados que leguei a população”. (Ex-governador Renato Casagrande – PSB – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Os infinitamente pequenos têm um orgulho infinitamente grande”. Voltaire

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