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Viajou, liberou

Em períodos de férias escolares, do trabalho e/ou quando há oportunidade de passeios turísticos, é natural a adoção de posturas e práticas que promovam os sentimentos de liberdade, de compensação, de empolgação, regados ao bom e velho – “eu mereço”! Essas posturas e práticas são geralmente acompanhadas de gastos extras e, às vezes, acima da capacidade de endividamento, gerando o risco de posterior descontrole financeiro.
 
Sobre os gastos com viagens, o Banco Central divulgou que em 2013 os brasileiros gastaram mais em viagens internacionais do que os estrangeiros em nosso país. Enquanto os brasileiros deixaram mais de US$25 bilhões no exterior, os estrangeiros deixaram por aqui um pouco mais de US$ 6 bilhões. Vale ressaltar que entre os anos de 2012 e 2013 houve um aumento no consumo dos brasileiros no exterior de aproximadamente 13%, enquanto os estrangeiros, praticamente mantiveram os gastos com o consumo em nosso país.
 
Essa comparação, além de outros pontos, também reforça que a educação financeira está presente na formação dos cidadãos de vários países, principalmente nos europeus, e continua escassa por aqui.
 
A expectativa para 2014 é de um aumento nos gastos de estrangeiros no Brasil, em função da realização da Copa do Mundo aqui. Mas também há a expectativa de novo aumento nos gastos dos brasileiros no exterior.
 
Assistindo a um programa na televisão que aborda sobre o comportamento de consumo de brasileiros no exterior, encontrei algumas falas e justificativas interessantes para a nossa reflexão, do tipo: – “eu compro o que preciso. O problema é que preciso de muito”. Em relação às justificativas utilizadas para as compras excessivas no exterior estão o maior acesso a produtos de marcas famosas e aos preços menores lá, do que os praticados no Brasil.
 
O que chama a atenção é que vários consumidores entrevistados responderam que nem tudo o que compram é utilizado efetivamente, reforçando a compra por impulso e não por necessidade, e com isso, gerando desperdício.
 
Compartilho algumas dicas interessantes de pessoas acostumadas às viagens, a fim de trabalharmos pela redução dos gastos, com o foco na realização do sonho de viajar: utilizar os pontos do cartão de crédito para a compra das passagens, estabelecer no planejamento um valor para gastar na viagem, compatível com a sua capacidade de endividamento e fazer o controle por essa margem, formar reserva para destinar a esta realização.
 
A ideia central aqui é estimularmos a qualificação das despesas com as viagens, trabalhando para evitar as compras por impulso e, consequentemente, o desperdício de tempo e de dinheiro, possibilitando a realização de outros sonhos.
 
Fato é que das viagens e passeios, o que principalmente deve voltar na bagagem são os registros mentais, visuais e sensoriais apreendidos.
 
Considerando que o dinheiro é o meio para realizar todos os sonhos, cuidemos muito bem dele.
 

Ivana Medeiros Zon, Assistente Social, especialista em Saúde da Família e em Saúde Pública,Educadora Financeira, membro da ABEF – Associação Brasileira de Educação Financeira, palestrante, consultora, colunista do Portal EduFin www.edufin.com.br 

https://sites.google.com/site/saudefinanceiraivanamzon/

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