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Análise: A Vida de Outra Mulher

Atire a primeira pedra quem nunca pensou em trocar de vida. Cada decisão que é tomada, o que conforma o indivíduo que se molda através dos resultados dessas decisões, pode ser repensada.

 
Marie (Juliete Binoche) é uma jovem francesa que se apaixona por Paul (Mathieu Kassovitz). Acorda após sua primeira noite apaixonada já 15 anos envelhecida. Não dando conta destes anos passados vai se reacostumando à vida e construindo seu cotidiano.
 
 
A jovem desengonçada se torna a presidente de uma megaempresa sem tempo para a família. Neste tempo de reflexão, ou ponto de mudança, percebe que não pode ter tudo e abdica de mais trabalho em favor da relação familiar já despedaçada. 
 
O roteiro é típico de comédias adolescentes americanas, geralmente às avessas: começa com o inferno da velhice e suas responsabilidades e passa aos sabores da infância.  Dessa vez a mudança nem é tão drástica, somente 15 anos e numa etapa crucial, que caminho seguir. 
 
Numa época consumista onde tudo se baseia na capacidade de compra, ninguém reclamaria de viver numa mansão em frente a Torre Eiffel, nem de possuir o carro mais badalado ou centenas de roupas, pagando para isso qualquer preço. 
 
Porém, o trabalho tende a consumir todo o tempo de desfrutar o sacrifício para obtê-los, gerando assim um ciclo vicioso que aparentemente se deve comprar para obter o prazer que nunca vêm (nunca há tempo). E assim a economia global cresce e o consumo de antidepressivos também.
 
A diretora Sylvie Testud (Piaf, 2009) se vale de uma produção tão água com açúcar quanto a história, mas provavelmente essa era a intenção, somente uma comédia romântica que não acrescenta nada, mas que te deixa com um ligeiro sorriso no rosto ao sair do cinema.
 
Serviço
A Vida de Outra Mulher (La Vie d'une autre, França/Belgica/Luxemburgo, 2012, 97 min, 14 anos) 
 
Shopping Jardins- Cine Jardins: Sala 1. 17h.

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