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Thiago Balbino reflete sobre o período de adaptação na Alemanha

Radicado desde 2015 na Alemanha, o artista plástico Thiago Balbino, natural de Conceição da Barra (norte do Estado), atua em projetos para a comunidade na cidade de Colônia. No Espírito Santo, Balbino fez os icônicos painéis que foram expostos em 2016 pelas ruas de Conceição da Barra homenageando a cultura popular e quilombola do município a partir de pinturas que dialogam diretamente com o folclore local, com o Ticumbi e com toda a atmosfera.
 
Thiago Balbino é neto do mestre de Ticumbi Tertolino Balbino, o mestre Terto, que foi homenageado nos painéis e é guardião da tradição que rege o ticumbi desde 1950.
 
Morando na Alemanha desde 2015, Thiago passa por todas as etapas de adaptação a uma nova cultura e, por isso, vê que a forma de atuar também tenta se encaixar nesta nova realidade de cidadão do mundo. A escolha da cidade de Colônia para viver se deve ao fato de ser uma cidade cosmopolita e que recebe muito bem os estrangeiros.
 
Culturalmente falando é uma cidade efervescente e que sempre tem exposições e eventos artísticos acontecendo durante todo o ano,  com um turbilhão de informações que serve de alimento para a construção artística de Balbino.
 
Atualmente, trabalha como “Honorarkraft”, que é a pessoa que presta serviços, no caso dele, artísticos, para instituições sociais. Em 2016, o atista plástico teve a oportunidade de participar de algumas atividades que foram de grande enriquecimento artístico e pessoal, como as oficinas de pintura com os jovens refugiados e em situação de risco social no projeto social Strüverhof.  Nas oficinas, teve a oportunidade de traçar paralelos entre as diferentes realidades existentes no mundo, e mais uma vez afirmar a universalidade da arte enquanto potência de integração social.
 
Ainda em 2016, seguiu trabalhando com pintura em murais, tanto comerciais como em eventos culturais, como o Black Atlantic e o Brasilônia.
 
Já em 2017 tirou um tempo para investir em aprendizado de novas técnicas e ampliar a rede de contatos na cidade, alternando a produção de pinturas em telas, produção de grafites pela cidade, além de articulação cultural.
 
O que mais me surpreende o artista plástico neste novo momento é que ele relata se sentir mais firme em minhas origens de Sapê do Norte. “É como se a distância do Brasil servisse para tornar ainda mais próximo aquele sentimento de pertencimento a um lugar, a uma cultura. Essa é uma das grandes potências da nossa cultura, que transita por diversos mundos, mas sempre retorna, de alguma forma, ao ponto de origem”, lembra Thiago.

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