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Portocel: trabalhadores aprovam contrapoposta e descartam greve

Categoria conseguiu avançar no valor do tíquete-alimentação e vai receber abono

Os trabalhadores do Portocel, terminal portuário pertencente às empresas Suzano Papel e Celulose (ex-Aracruz Celulose e ex-Fibria) e Cenibra, localizado em Barra do Riacho, Aracruz, norte do Espírito Santo, recuaram da deflagração de greve sinalizada para a próxima terça-feira (1). A decisão foi tomada em assembleia realizada no final da tarde desta sexta-feira (26), com posicionamento favorável de 49 dos 70 participantes.

A categoria decidiu aprovar a contraproposta apresentada pela empresa. Os trabalhadores estão em período de discussão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2025. A data base se encerra na próxima segunda-feira (30). As duas principais reivindicações, que foram as que motivaram a aprovação da greve, foram 5% de ganho real e aumento de R$ 654,00 para R$ 900,00 no tíquete-alimentação. No entanto, a empresa queria conceder 1% de ganho real e elevar o tíquete para R$ 726,00.

Na contraproposta aprovada nesta sexta, o ganho real se manteve em 1%, mas o valor do tíquete será de R$ 800,00. Portocel também propôs um abono para todos funcionários no valor de R$ 3 mil. “Se tivéssemos pelo menos 2% de ganho real, seria melhor. O ganho real é melhor do que abono, porque vai para o salário e benefícios como aposentadoria. Mas foi o que conseguimos. É melhor do que ir para dissídio”, avalia o presidente do Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES), Marildo Capanema.

Ele acredita que, no conjunto das propostas, o Acordo Coletivo foi bem-sucedido. Ele aponta que com o ganho real de 1% mais a reposição de 3,69% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o aumento será de 4,69%.  A pauta de reivindicações dos trabalhadores foi aprovada em junho último. Posteriormente, foram realizadas cinco rodadas de negociação com a empresa. 

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