Douglas Ferrari aponta carências em planos de governo em Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica
A quantidade de propostas para aumentar o número de profissionais com foco na educação especial por parte dos candidatos às prefeituras de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, principais cidades da região metropolitana, é “bastante reduzida”, aponta o professor do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Douglas Ferrari. Aparecem somente nos planos de governo dos candidatos João Coser (PT) e Camila Valadão (Psol), na Capital; Roberto Carlos (PT), na Serra; e Ivan Bastos (PL), em Cariacica.
Douglas afirma que é preciso, nos municípios, a realização de concurso público para professores, intérpretes de libras e cuidadores, uma vez que as gestões municipais têm contratado estagiários. “Trabalhar com estagiário não dá. Toda a formação educacional acaba ficando a cargo de uma pessoa que não tem preparo para isso. A educação especial tem que ter uma proposta pedagógica”, defende, destacando que mesmo em algumas propostas que falam em disponibilização de profissionais, não é deixada clara a intenção de realizar concurso público.
Nicolas Trancho (Psol) defende a formação de todos profissionais da educação em direitos humanos e educação inclusiva. Maurício Gorza (PSDB) propõe “assegurar os programas de inclusão escolar para alunos público alvo da educação especial, tendo em vista os direitos de aprendizagem e os direitos humanos, por meio de uma política articulada e alinhada com os conselhos de pessoa com deficiência”. Babá (PT) e Gabriel Ruy (Mobiliza) não têm propostas específicas para educação especial.
Em Cariacica, Ivan Bastos propõe “melhoria e continuidade no Atendimento da Educação Especial, aumentando o quantitativo de profissionais para suporte adequado à quantia de crianças público alvo da educação especial”.
O prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), candidato à reeleição em Vitória, propõe “promover ações conjuntas nas áreas de educação, saúde e assistência, com foco no atendimento integral das crianças e estudantes públicos da Educação Especial, bem como daqueles com Transtorno Opositor Desafiador (TOD)”.
Nesse quesito, Audifax fala em “criar um Centro de Referência para os estudantes da Rede Municipal com diagnóstico de autismo, reunindo equipes multidisciplinares de pelo menos cinco especialidades: fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, pediatria e neurologia, garantindo assim um atendimento especializado e personalizado as famílias que enfrentam dificuldades em encontrar esses serviços”.
‘Pessoas com deficiência se revelam potência nas artes’
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