Após mais de 30 horas de indefinição sobre o local de prisão, o advogado Gustavo Bassini Schwartz, detido na última quinta-feira (9), foi transferido para a prisão domiciliar na madrugada deste sábado (11). A determinação partiu do desembargador substituto Luis Guilherme Risso, do plantão do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), que concedeu o benefício no final da noite dssae sexta-feira (10).
Na decisão, o desembargador substituto considerou a ausência de uma Sala de Estado Maior no Estado, como prevê o Estatuto da Advocacia em caso de prisão provisória deste tipo de profissional. Risso reformou a decisão da juíza Fabíola Casagrande Simões, plantonista do dia anterio (9), que havia negado o pedido da defesa de Gustavo Bassini e gerou um impasse no cumprimento do pedido de prisão provisória.
Segundo informações do advogado Marcelo Alves, que defende Gustavo Bassini, o oficial de Justiça chegou ao Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória, para comunicar a decisão por volta das 3 horas da madrugada deste sábado (11). Em seguida, o advogado preso foi transferido para a sua residência no bairro Prainha, em Vila Velha. Ele estava detido em uma sala anexa ao presídio do quartel, após passar a noite anterior em um colchão no chão na sede da Corregedoria da corporação.
Marcelo Alves afirmou que a defesa deve pedir o relaxamento da prisão do advogado no início da próxima semana. Ele afirmou que não teve acesso às peças de informação do Ministério Público Estadual (MPES), que embasaram a ordem de prisão expedida pelo juiz Eliazer Costa Vieira, da 3ª Vara Criminal de Vila Velha. Gustavo Bassini foi detido sob alegação de ter descumprido as medidas cautelares impostas pela Justiça na ação penal que responde pelo suposto crime de adulteração da placa de seu veículo e a posse ilegal de uma arma de fogo.
Na determinação, o juiz citou trechos de postagens do advogado em redes sociais (Facebook) para justificar a expedição do novo mandado de prisão. Gustavo Bassini também teria realizado uma viagem para fora do Estado, e até mesmo se envolvido em confusões em um bar, localizado na Mata da Praia, em Vitória, após as 22 horas, o que seria vedado pelas medidas cautelares expedidas pelo juízo, que obrigavam Bassini a não sair dos limites da Grande Vitória e de circular nas ruas depois das 22 horas. O advogado também é acusado da prática de estelionato contra ex-clientes.