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Em resposta a ambientalistas, Iema deixa de informar resultados de 56 medições da qualidade do ar

Em resposta a requerimento de informações do grupo SOS Espírito Santo Ambiental, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Seama) enviou ao grupo uma tabela na qual discrimina os valores médios mensais para a poeira sedimentável em cada estação de monitoramento da qualidade do ar na Região Metropolitana da Grande Vitória. Os valores são referentes ao intervalo entre os meses de abril do ano passado e junho de 2014.
 
Entretanto, como sinalizou o grupo ambientalista, não constam na tabela os valores da poeira sedimentável no intervalo entre os meses de setembro e dezembro de 2013. Além disso, de um total de 150 resultados que deveriam ter sido fornecidos, 56 não foram disponibilizadas, inclusive de meses que foram incluídos na tabela, representando cerca de 37% de falta de dados no período total informado. A Seama não explica o motivo da falta desses números.
 
O SOS Ambiental também observou que houve uma redução do material particulado sedimentável anos após a instalação das Wind Fences, sendo que tal diminuição não havia acontecido logo após a instalação dos equipamentos e, ainda, sem que qualquer ação efetiva tivesse sido implantada com o objetivo da redução nas emissões. Houve uma redução geral no valor do poluente particulado em todos os pontos de medições na Grande Vitória, o que, como relatou o grupo, é incompatível com o incômodo cada vez maior percebido pela população por conta da poluição emitida pela Vale e ArcelorMittal na Ponta de Tubarão, entre os municípios da Serra e Vitória.
 
Os ofícios que solicitaram os documentos foram protocolados pelo deputado Gilsinho Lopes (PR) há um mês, diante das respostas insatisfatórias apresentadas pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para a redução nas emissões da mineradora Vale, conforme dados da própria empresa. A novela das supostas reduções começou quando, em seu site institucional e na mídia corporativa, a Vale afirmouava que reduziu suas emissões em 33% na Ponta de Tubarão. De acordo com o grupo, a informação divulgada pela companhia é conflitante com os dados de medição da poeira sedimentável fornecidos pelo Iema.
 
A partir da resposta da Seama, o SOS Ambiental enviou novos questionamentos para que sejam protocolados pelo deputado. Estes questionam a taxa de 37% de falta de dados, além da ausência de vários desses resultados e a justificativa para a redução do material particulado sem que qualquer ação nesse sentido tivesse sido tomada.

O SOS Ambiental também quer saber quando as medições da poeira sedimentável começaram a ser feitas por uma empresa terceirizada, o que aconteceu em função da reforma dos laboratórios do Iema. O grupo ambientalista questiona, ainda, se é o órgão ambiental o autor dessas análises e, em caso negativo, quem assume a análise das medições.

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