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‘A política se transformou num grande balcão de negócios’

Camila Valadão (PSOL) fechou a série de entrevistas dos candidatos ao governo do Estado. Na entrevista dessa segunda-feira (16), na TV Guarapari, a candidata respondeu a questões sobre mobilidade urbana, segurança pública, cultura, educação e reclamou das dificuldades para disputar uma eleição em desigualdade com os seus adversários. “E a luta do tostão contra o milhão”, ironizou. 
 
 
 
 
O jornalista do jornal Século Diário, José Rabelo, comentou os dados da recente pesquisa do Instituto Radar Ideia Popular, publicada na última sexta-feira (12), que revela a descrença do brasileiro sobre a política. Segundo o levantamento, que ouviu mais de 29 mil pessoas em 129 municípios brasileiros, 92% dos entrevistados não acreditam que os candidatos eleitos farão as mudanças prometidas durante a campanha. 
 
Rabelo quis saber da candidata por que o PSOL, mesmo diante desse pessimismo, não conseguiu conquistar uma parcela mais representativa do eleitorado, já que candidatura do PSOL tem perfil alternativo.
 
Camila disse que quando está nas ruas em campanha sente a insatisfação do eleitorado com a classe política. “Eles dizem que político é tudo igual. Nosso desafio é mostrar que nossa candidatura é diferente”. 
 
Ela lembrou que o PSOL não aceita doações de empresas, apenas de militantes. Para a candidata, essa escolha deixa o partido em condições desiguais para competir com os outros candidatos, mas é justamente isso que assegura a independência do partido. 
 
“Isso é um diferencial. Participamos também da disputa para mostrar essa falsa democracia. Não temos a estrutura de outros candidatos, não temos cabos eleitorais pagos. A política se transformou num grande balcão de negócios. As pessoas têm razão de não acreditar na política”. 
 
A candidata do PSOL acrescentou ainda que os três candidatos ao governo – Paulo Hartung (PMDB), Renato Casagrande (PSB) e Roberto Carlos (PT) – representam um mesmo bloco. “Eles só se dividiram por interesses. Participar significa também criticá-los”, pontuou. 
 
Respondendo ao jornalista do jornal Primeira Página, Manoel Alves, a candidata falou sobre as propostas do PSOL para incrementar o turismo no Espírito Santo e, sobretudo, em Guarapari. Ela disse que o Estado tem votação para o turismo, mas esse potencial é subaproveitado pelos governantes. Camila disse que o incremento da atividade poderia gerar emprego e renda, especialmente para os pequenos e médios empreendedores. 
 
O eleitor de Guarapari teve a oportunidade também de conhecer as propostas do PSOL para equacionar os problemas de mobilidade urbana. “No nosso programa, nós falamos de mobilidade humana. O centro da mobilidade tem de ser a pessoa”. Ela frisou que é preciso investir mais no transporte coletivo de qualidade, e defendeu a tarifa zero como um projeto viável. 
 
 
A candidata do PSOL também destacou a importância de investir mais em transportes alternativos, e destacou a bicicleta. Ela afirmou que é preciso construir mais ciclofaixas e ciclovias. “Andar de bicicleta não pode ser uma aventura, mas um transporte viável para as pessoas”.  
 
Na próxima quinta-feira (18), a TV Guarapari também encerra a série de entrevistas com os candidatos ao Senado. O sabatinado será o candidato do PSOL, André Moreira. 

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