Sábado, 18 Mai 2024

Caixa vazio aproxima pefeitos do palanque de Renato Casagrande

Caixa vazio aproxima pefeitos do palanque de Renato Casagrande


Corre no Estado a ideia de que o governo do Estado está com o cofre cheio para investir no próximo ano. Com um orçamento de R$ 15,5 bilhões para 2014 e mantendo-se a meta de investimento dos dois últimos anos do governo, de R$ 2 bilhões, o governador Renato Casagrande larga em vantagem na disputa pela reeleição.



Essa seria a explicação para a cautela do mercado político em embarcar no projeto do PMDB-PT, que estaria na iminência de lançar o ex-governador Paulo Hartung ao governo do Estado ou de apostar na candidatura alternativa do senador Ricardo Ferraço para o próximo ano. Com os recursos à mão, os prefeitos querem se manter bem próximo do governo do Estado, de olho nos recursos que podem chegar aos municípios.



No segundo semestre deste ano, o governo do Estado adotou duas medidas de socorro às prefeituras que visam a restabelecer o equilíbrio econômico das administrações municipais. Criou o Fundo a Fundo, com transferências de recursos diretos do Estado para as prefeituras mediante à apresentação de projetos para investimentos. Também criou mecanismos de repasse de recursos para o custeio das prefeituras.



Essas ações podem, a partir do próximo ano, ajudar a restabelecer o capital político dos prefeitos. A tendência é de até o início do período eleitoral os prefeitos estejam com suas imagens recuperadas e em condições de pedir votos para o governador. Diante desta movimentação, muitas lideranças, algumas delas inclusive ligadas ao ex-governador Paulo Hartung, têm preferido permanecer na base de Casagrande.



Base esta que já conta com os 22 prefeitos eleitos pelo PSB. Casagrande adotou uma estratégia de aproximação com a maioria dos municípios do Estado e tem se fortalecido não só com os prefeitos, mas também tem vendido uma imagem forte no Estado, o que dificulta a costura de um palanque alternativo, puxado por Hartung.



O ex-governador também tem tentando se inserir no interior do Estado, mas a estratégia é diferente. Sem o cargo eletivo, Hartung tem participado de muitas palestras de economia e gestão em vários municípios, mas a abrangência desses encontros, que acabam ganhando viés político, não têm a mesma força das ações de Casagrande, o que o coloca em desvantagem.



Hartung estaria sendo pressionado pela cúpula nacional do PT para disputar a eleição para governador, como objetivo de isolar o palanque do PSB que tem como candidato a presidente o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, correligionário de Casagrande. Embora o governador Casagrande tente consolidar uma aliança ampla, buscando atrair, inclusive, Hartung para o seu grupo, a costura tem esbarrado nos interesses das nacionais.

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