Candidato a conselheiro se complica com suas próprias contas no TCE

Candidato a conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o deputado estadual Dary Pagung (PRP) tem agora que resolver uma pendenga com as próprias contas para continuar no páreo. O procurador especial de Contas, Heron Carlos Gomes, deu parecer apontando irregularidades no exercício do deputado, quando era presidente da Câmara de Vereadores de Baixo Guandu, na região noroeste do Estado.

 

O parecer do Ministério Público de Contas não tira Pagung da disputa, mas pode causar uma saia-justa na Assembleia Legislativa, caso os deputados decidam por sua candidatura à vaga aberta com a aposentadoria de Marcos Miranda Madureira, em maio deste ano. Além de “sujar a ficha”, com uma condenação colegiada, caso o plenário do TCES mantenha a rejeição das contas de Pagung, ele seria condenado por uma corte para a qual está concorrendo.

 

As contas de Pagung foram julgadas irregulares em 2008. No mês passado, o conselheiro Sérgio Aboudib votou pela aprovação das contas do deputado. Embora o parecer do Tribunal de Contas seja técnico, o julgamento pelos conselheiros é político, por isso, o parecer pode ser derrubado. 

 

Mas o desgaste pela rejeição das contas no tribunal para o qual está concorrendo complica a situação de Pagung. Com 21 concorrentes à vaga de conselheiro, o resultado dessa pendência pode colocar Pagung em suspeição. 

 

Qualquer um dos candidatos pode questionar a participação do deputado na disputa, independentemente do fim do julgamento no TCE. Nos bastidores da disputa, o comentário é que Pagung seria um "plano B" para a escolha de conselheiro. O preferido continua sendo o deputado estadual Sérgio Borges (PMDB).

 

Além deles, mais dois deputados estaduais concorrem à vaga: Claudio Vereza (PT) e Paulo Roberto (PMDB). Na próxima semana, a Comissão de Finanças fará novas sabatinas com candidatos a conselheiro. Pagung já foi arguido, mas o caso ainda pode repercutir entre os demais candidatos.