Os nomes colocados para a corrida eleitoral à prefeitura de Vitória comentaram a pesquisa Brand/Século Diário, publicada nessa terça-feira (9), que apontou, na menção estimulada, o deputado estadual Amaro Neto (SD) à frente da disputa, seguindo pelo prefeito Luciano Rezende (PPS), o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB), André Moreira (PSOL) e Perly Cipriano (PT). Na menção espontânea, porém, o candidato do PPS tem 7% das intenções de voto contra 5,3% de Amaro. Lelo vem tentando se consolidar como terceira via com 3,3%.
Amaro Neto disse que ficou feliz com os números e atribui seu desempenho, na estimulada, ao fato de a população da Capital entender que seu nome não é atrelado a grupos políticos tradicionais e que quer debater a cidade, com propostas novas.
Ele entende que a saída de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) da disputa – que aparece na espontânea com 7% das intenções de voto, empatado com Luciano – mexeu com o cenário, fazendo com que Lelo Coimbra tenha aumentado seu capital político, embora não acredite que o peemedebista tenha o patamar apresentado na pesquisa (14,3% na estimulada)
Amaro Neto disse ainda que não tem feito uma movimentação forte na cidade, apenas visitas pontuais a lideranças e que quando a campanha começar efetivamente, vai conseguir aumentar seu capital de votos. Para dar esse salto ele aposta no inicio da campanha eleitoral, com os programas de TV e os debates, quando poderá mostrar suas propostas ao eleitor.
Eleição Aberta
O deputado federal Lelo Coimbra também comentou a pesquisa Brand/Século Diário. Ele destacou o cenário indefinido da disputa. O peemedebista acredita que seu crescimento na corrida eleitoral se deve ao fato de ele circular pelo eleitorado de Luiz Paulo Vellozo Lucas, considerando-se o principal beneficiário com a saída do tucano do páreo.
Lelo Coimbra acrescenta que as três candidaturas – a dele, a de Amaro Neto e a de Luciano Rezende (PPS) – estão fortes na cidade, deixando indefinidos os nomes que vão para o segundo turno da disputa. Ele falou da insatisfação com o clima criado na eleição polarizada de 2012 entre Luciano e Luiz Paulo e demonstrou preocupação com a possibilidade de isso se repetir novamente este ano.
Falta de Espaço
O candidato do PSOL, André Moreira, destacou sua baixa rejeição (6,5%) e apontou justamente o elevado índice de rejeição prefeito (21,3%), o que para ele mostra a insatisfação do eleitorado com a gestão. Ele afirmou, porém, que o perfil do eleitor da Capital não combina com o desempenho de Amaro Neto na pesquisa (31,5% na estimulada) e que sua colocação (1,8% na estimulada) se dá à grande exposição da mídia e ao pouco tempo de vida política.
Para André Moreira, o levantamento aponta a possibilidade de polarização, o que em sua opinião é terrível para cidade e que o perfil da disputa também prejudica o debate eleitoral, devido ao curto tempo de campanha. Moreira acredita que a disputa não terá confronto de ideias.
O psolista acrescenta que o pouco tempo de TV e a falta de espaço para o debate também prejudica sua campanha, que se propõe justamente a ser uma alternativa ao processo de polarização e ao conceito de política apresentado pelos demais candidatos.
Confiante
O candidato do PT, Perly Cipriano, disse que não está preocupado com o desempenho apresentado na pesquisa (1,3% na estimulada), já que o levantamento se refere a um momento da cidade que pode mudar com o caminhar da campanha. Ele lembrou que Dilma Rousseff, na primeira campanha (2010) aparecia com apenas 1% e acabou vencendo a disputa.
Ele entende que a sua alta rejeição (15,5%), atrás apenas do prefeito Luciano Rezende, se deve ao momento vivido pelo PT, mas que isso não é motivo para desespero e que seguirá no projeto traçado pelo partido de fazer uma campanha de defesa do legado do PT na cidade de Vitória e em nível nacional.
Não respondeu
O prefeito Luciano Rezende (PPS) foi procurado pela reportagem na manhã desta quarta (10) para comentar a pesquisa, mas até o fechamento desta reportagem não se manifestou.