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Casagrande refuta críticas de Hartung à sua gestão e diz que deixou o Estado organizado

“O governador cortou despesas sem critério, deixando os capixabas sofrendo à espera de um leito hospitalar; desorganizou a segurança pública; fechou escolas; e acabou com os programas na assistência social”.

A afirmação é do ex-governador Renato Casagrande (PSB) e está contida em vídeo e texto que ele publicou nas redes sociais nessa quarta-feira (28), rebatendo críticas à sua gestão formuladas pelo governador Paulo Hartung em discurso na Assembleia Legislativa, durante a prestação de contas da gestão relativas a 2017.

Casagrande diz que Hartung foi escolhido em 2014 “na expectativa de que faria uma gestão buscando melhorar a vida das pessoas. Mas o que se viu, de 2015 até aqui, foi um governador e um governo com práticas atrasadas”.

Para ele, Hartung tenta, a todo custo, responsabilizar o seu governo, “por sua inoperância, querendo justificar o fato de ter paralisado todas as obras e programas sociais no Estado”

O ex-governador denuncia que Paulo Hartung tentou atingi-lo em 2013: “Buscou usar a Assembleia Legislativa como chicote para me atingir, com a tentativa de rejeitar as minhas contas de 2013 e 2014. Importante informar que essas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas, sem nenhuma ressalva”. 

“Deixei aproximadamente R$ 2 bilhões em caixa. O comprometimento com a dívida pública (em uma escala que vai até 200%) era de apenas 26% e a folha de pessoal estava em dia e atendendo à Lei de Responsabilidade Fiscal. Deixei uma gestão sem nenhuma denúncia de corrupção”, diz o ex-governador.

E completa: “Ao olhar o Rio de Janeiro, pode-se constatar, em grande parte, que lá a situação é caótica pelo resultado desastroso herdado pela administração atual da anterior”.

Depois de questionar para que Hartung adotou essa postura, Casagrande responde: “Para tentar diminuir a minha imagem de gestor público comprometido com a responsabilidade fiscal. Todas as auditorias independentes do Estado e do país comprovaram a boa saúde financeira do Espírito Santo em 2014”

Ele afirma que conduziu o governo sem comprometer os investimentos. “Afinal, é para isso que serve o Estado. A velha fórmula do Salvador da Pátria, que muito já foi usada nesse país, não funciona mais. A sociedade hoje tem capacidade de discernir e acompanhar a evolução dos tempos. Mesmo assim, ele insiste nessa farsa”.

O ex-governador criticou seu sucessor por somente agora, em sua última prestação de Contas à Assembleia Legislativa, dizer que fará, em “ano eleitoral, tudo o que não fez nos três primeiros. Como em um  passe de mágica, tudo agora vai ser possível”.

E prossegue: “O que se viu naquela sessão foi um espetáculo de arrogância e prepotência, características desse governador que, por intransigência, acabou permitindo que mais de 200 capixabas perdessem suas vidas em fevereiro de 2017”.

No final, o ex-governador faz um desabafo: “Esse comportamento narcisista, que isola a população com seus problemas, que julga todas as pessoas incapazes e desprovidas de inteligência, que amedronta e impõe, definitivamente eu jamais terei”. 

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