Comitê celebra 75 anos de ex-presidente com faixas de 'Lula Livre' em Vitória
Vários pontos de Vitória amanheceram nesta terça-feira (27) com grupos portando faixas com os dizeres "Lula Livre", como parte da programação de comemoração ao aniversário de 75 anos do ex-presidente Lula, celebrado em cidades do Brasil e do exterior, como Itália, Canadá, Portugal, França, China, Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica, Suíça, Alemanha, Espanha, Israel e Suécia.
O evento inclui exibição de um filme sobre o ex-presidente, colocação de uma faixa gigante no prédio do antigo restaurante Imperador e, ao mesmo tempo, a "Rádio Poste" veiculará depoimentos sobre o aniversariante e gravará mensagens para envio à executiva nacional do PT.
Segundo o dirigente petista Perly Cipriano, a data pretende intensificar a promoção da defesa dos direitos da classe trabalhadora, representados por Lula desde sua atuação como líder sindical, e de estimular ações em prol da justiça social, diversidade e da democracia.
Julgamento
No dia do seu aniversário, o ex-presidente Lula seria submetido a julgamento por conta da recusa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, em atender ao pedido da defesa do ex-presidente para suspender julgamento do caso do tríplex no Guarujá no Superior Tribunal de Justiça (STJ), decorrente da operação Lava Jato de Curitiba. A análise foi suspensa minutos antes de ter início a sessão desta terça, às 14 horas.
Os ministros da Quinta Turma do STJ analisarão em nova data o recurso apresentado pela defesa de Lula, por meio de embargos de declaração, pedindo redimensionamento e mudança do regime inicial de cumprimento da pena, além da redução do valor mínimo de indenização. Além disso, serão julgados embargos de declaração apresentados pelo Ministério Público Federal.
Os advogados de defesa pediram o adiamento do julgamento alegando que decisões anteriores do STJ comprometeram o direito de defesa de Lula. Ressaltam os advogados que o Supremo não julgou o habeas corpus que pede a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, responsável pelo caso de Lula na primeira instância.
O habeas corpus sobre a suspeição de Moro está com o ministro Gilmar Mendes, que já anunciou que só o colocará em julgamento em 2021. O ministro é presidente da Segunda Turma do STF, responsável por pautar o caso, cujo relator é Edson Fachin. A justificativa seria de que a complexidade do tema exige que a reunião do colegiado seja presencial para decidir, o que é inviável com a pandemia de coronavírus.
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