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Contramão petista

Se o PT capixaba terá problemas em 2014 por conta da falta de novidades no mercado, contrariando a tendência nacional de mostrar caras novas, garantindo assim sua sobrevivência, a explicação pode estar na complicada relação interna do partido.

Essa complicação não está na estrutura do partido, formado por várias correntes que debatem internamente suas ações, quem dera que fosse isso. mas o problema está forma como o partido vem se afastando dessa dinâmica de debate e se deixando dominar pela política de coalizão que é mal interpretada no Espírito Santo pela sua classe política.

A corrente lulista, a CNB, que no Brasil domina a maioria dos diretórios, no Espírito Santo é minoria. E para piorar há pelo menos quatro subdivisões desse grupo, aumentando ainda mais a falta de unidade. Os grupos que mais se destacam dentro dessa corrente são o do subsecretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano, essa com essência mais lulista, mesmo e a do subsecretário do Trabalho, Tarciso Vagas, que atua de uma forma bem diferente.

O grupo comandado por Vargas, passa por cima desta discussão ideológica, e se uniu a outras lideranças internas para seguir uma tendência suprapartidária que tomou conta do Espírito Santo na última década: a de se unir ao sistema de hegemonia política do ex-governador Paulo Hartung.

Outra situação interna, que deixou muita gente sem entender nada, aconteceu em Vitória. Mesmo com a declaração do novo prefeito Luciano Rezende (PPS) de que não queira a participação do PT em sua gestão, o vereador Marcelão, ligado à Democracia Socialista, corrente da qual o maior expoente é o secretário de Turismo do Estado, Alexandre Passos, se apressou em declarar apoio ao prefeito. Esquizofrenia pura.

Fica difícil, nesses cenários – interno e externo – apostar em um crescimento do PT no Estado. Se em nível nacional o partido vive seu apogeu, com a possibilidade muito grande de reeleger Dilma Rousseff na presidência da República, no Espírito Santo, o partido deixou de ser protagonista e no próximo ano, mais uma vez, deve ser força aliada, deixando para depois o projeto de retomar o governo.

Fragmentos:

1 – Com um município grande, populoso e com baixa arrecadação para administrar, é bom o prefeito de Cariacica, Juninho (PPS) voltar mais sua atenção para a máquina e menos para as câmeras. É bom lembrar que o partido dele aposta alto nas administrações do PPS no Estado.

2 – Parece que finalmente a reclamação do tucano Olmir Castiglioni começa a fazer eco na Assembleia. Theodorico Ferraço (DEM), no afã de agradar o grupo do ex-governador Paulo Hartung, passou por cima de tudo para bancar a nomeação de Paulo Roberto (PMDB).

3 – Se Castiglioni conseguir reverter a decisão na Justiça, o que não parece ser muito difícil, o presidente da Assembleia sairá desgastado do episódio. Fica cada vez mais evidente a atuação do demista em favor de determinados grupos. Isso é perigoso.

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