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Eduardo Campos promete investimentos no Estado: ???Vamos dar o que não deram???

O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), garantiu um novo tipo de relação entre o Palácio do Planalto e o Espírito Santo, caso vença a corrida presidencial. O socialista criticou os 20 anos de governo do PSDB (Fernando Henrique Cardoso) e do PT (Lula e Dilma Rousseff) que, segundo ele, não olharam com atenção para os capixabas. “Nós vamos dar ao Estado o que prometeram e não deram, também aquilo que tiraram”, discursou para uma plateia formada por empresários e correligionários nesta terça-feira (28).

Repetindo o expediente comum aos presidenciáveis em visita ao Estado, o socialista sinalizou que vai avançar nas demandas dos capixabas – único estado na região Sudeste que é governado por um socialista, Renato Casagrande, candidato à reeleição. “As duas forças (PT e PSDB) já estiveram no governo. Chegou a vez de dar oportunidade de quem assumiu um compromisso com o Espírito Santo”, declarou, na tentativa de se colocar como uma “terceira via” na disputa presidencial.

Ao lado de sua vice, a ex-senadora Marina Silva, o presidenciável afirmou que “os dois vieram de um lugar pobre, por isso sabem da importância de ser reconhecido”. Campos citou a importância da gestão na administração pública e cobrou a ajuda da União aos Estados e município: “O governo central concentra os recursos e jogou os problemas para os outros […] O estado de Pernambuco recebeu importante investimentos no governo Lula, mas o Espírito Santo não teve a oportunidade nem como um, nem com outro”.

O presidenciável socialista criticou o governo Dilma pela falta de apoio aos estados. Ele citou a perda do Fundap e a falta da contrapartida da União em compensar os afetados com obras de infraestrutura, como rodovias, portos e o aeroporto – que se tornou uma das obras mais simbólicas na relação do Estado com o governo federal. “As pessoas vão votar para mudar de verdade”, acredita.

Mesmo com a demora na formalização do apoio à candidatura do partido, Campos disse que entendeu a opção de Casagrande em manter a neutralidade – que durou até maio, quando houve o rompimento da unanimidade política no Estado. O presidenciável destacou a atuação do correligionário pelas realizações na área econômica e social. Em seu breve discurso, Marina Silva também destacou o “olhar social” como a escolha mais acertada de seu governo.

Sobre a situação de sua candidatura, o socialista garantiu que a campanha ainda não começou e minimizou os resultados das últimas pesquisas eleitorais, onde aparece estacionado na terceira colocação nas intenções de voto. “Tem gente que gosta de ganhar com pesquisa, mas nós gostamos de ganhar nas urnas”, afirmou. Na conversa com os jornalistas, Campos citou a eleição do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), que chegou a ser apontado como derrotado na última pesquisa eleitoral, na véspera da eleição.

O presidenciável socialista também destacou que a maior parte dos eleitores não o conhece, assim como não ouviu seu plano de governo e da aliança com Marina Silva, que ficou em terceiro lugar com e mais de 19 milhões de votos (19,33% dos votos válidos) no pleito de 2010: “Não será um processo de transferência de votos, mas sim de conquista”.

Além do encontro com empresários, o ex-governador de Pernambuco cumpriu agenda de campanha, com a realização de caminhada e a inauguração de uma “Casa de Eduardo e Marina” – uma espécie de comitê residencial da candidatura – no município da Serra, além da gravação de mensagens de campanha com Casagrande. No início da noite, o presidenciável socialista vai participar do lançamento da candidatura de Casagrande, no Centro de Convenções de Vitória.

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