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Ex-prefeitos da Derrama tiveram desempenho abaixo do esperado nas urnas

O processo resultante da Operação Derrama, realizada no início de 2013, e que levou para a cadeira 13 ex-prefeitos do Estado pode ter sido arquivado, mas os respingos do caso se mostraram na eleição deste ano. Dos quatro envolvidos nas denúncias e que tentaram a eleição, só dois se elegeram e tiveram um desempenho bem abaixo do esperado pelos meios políticos. 
 
Um dos exemplos mais emblemáticos desse cenário é Guerino Zanon (PMDB). O ex-prefeito de Linhares, no norte do Estado, era cotado pelas lideranças para ser o mais bem votado na disputa para a Assembleia Legislativa. Mas ficou em quinto lugar. Pouco, se consideradas as condições de disputa. 
 
Seu reduto, Linhares, vive um cenário de desgaste com o atual prefeito Nozinho Correa (PDT), correligionário e aliado político do deputado Luiz Durão, o que gerou desgastes para a campanha do deputado. Outro importante adversário de Guerino Zanon, o ex-prefeito e deputado estadual José Carlos Elias (PTB), não disputou a reeleição, tentando uma vaga de deputado federal. Atayde Armani (DEM) já havia mudado sua base para Santa Maria de Jetibá. 
 
Nesse sentido, o campo de disputa para o peemedebista estava livre. Como sua votação em 2006, quando disputou a Assembleia foi muito alta, ficando no topo da lista de eleitos, a expectativa deste ano era de que ele fosse o mais bem votado, mas os 38,6 mil votos que recebeu não foram suficientes para isso.
 
Outro eleito que teve uma votação bem abaixo do esperado foi Edson Magalhães (DEM), ex-prefeito de Guarapari, que também foi preso na operação. Ele ficou em 11º na lista de eleitos, com 24,9 mil votos. O desempenho esperado era maior porque em 2008, quando teve a candidatura a prefeito impugnada pela Justiça Eleitoral para a Prefeitura de Guarapari, o ex-prefeito superou a votação de seus adversários no município, o que causou, inclusive, uma eleição extemporânea, quando elegeu seu aliado, Orly Gomes (DEM).
 
Este ano, Magalhães viu seu capital encolher devido à divisão do eleitorado com outros nomes colocados na disputa. Para os meios políticos, o apoio de Theodorico Ferraço (DEM) é que ajudou em sua campanha. Sozinho, o resultado poderia ser pior. 
 
Mas nem a ajuda de Theodorico Ferraço foi capaz de garantir a eleição de sua mulher, a ex-prefeita de Itapemirim, no sul do Estado, Norma Ayub (DEM). Ela ficou na suplência de uma vaga na Câmara dos Deputados, o que causou uma rusga entre Ferraço e o presidente do partido no Estado, o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, que não conseguiu dar a Norma os votos esperados no município que Rodney administra. 
 
Edival Petri (PSB), ex-prefeito de Anchieta, no litoral sul do Estado, tentou a eleição de deputado federal também. Nem o livro que escreveu sobre os dias passados na cadeia, colocando-se como vítima do processo, foi capaz de reconquistar a confiança do eleitorado. Ele ficou pelo caminho, mesmo estando na chapa palaciana.      

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