sexta-feira, novembro 8, 2024
26 C
Vitória
sexta-feira, novembro 8, 2024
sexta-feira, novembro 8, 2024

Leia Também:

Governadores do Cosud defendem reformas com maior participação dos estados

A defesa das reformas estruturais, como a Previdenciária e a Tributária, foi reafirmada neste sábado (24) pelos sete governadores das regiões Sul e Sudeste, reunidos no Palácio Anchieta, em Vitória, no quarto encontro do Fórum de Governadores (Cosud). Os gestores exigiram, no entanto, maior participação dos estados nas decisões sobre medidas econômicas essenciais ao equilíbrio fiscal. Eles querem uma fatia de 50% das concessões federais de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.  

Foto: Hélio Filho/Secom

A questão ambiental, principalmente a postura equivocada do presidente Jair Bolsonaro, foi abordada pelos governadores, não só pela importância da preservação do meio ambiente, mas também pelo potencial de gerar problemas com investidores. As críticas mais diretas vieram do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).  

Para Doria, o tema ambiental agravou densamente a imagem do Brasil nas duas últimas semanas. “Não há possibilidade de termos investidores, pois demos um passo gigantesco com as reformas, mas retrocedemos na questão ambiental. Não se pode misturar partidarismo de ideologia com o meio ambiente”, disse. 

Foto: Hélio Filho/Secom

Já o presidente da Câmara afirmou que Jair Bolsonaro adota uma postura de estímulo a desmatamento, embora esse não seja o objetivo. “A maneira como o presidente se comunica passa uma mensagem que estimula o desmatamento”, disse Rodrigo Maia, que acaba de criar uma comissão mista na Câmara dos Deputados. “O que não pode é ficar apontando o dedo sem tomar posição”, concluiu.  

As queimadas na Amazônica foram abordadas por todos os governadores, que se propuseram a ajudar os estados atingidos com recursos humanos, tecnológicos e materiais.  No mesmo tom, Renato Casagrande chamou os governadores a assumir o protagonismo na questão ambiental, destacando, porém, a necessidade de diálogo.

O Cosud trouxe ainda a Vitória os governadores Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Fábio Moisés (PSL), de Santa Catarina; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro, recepcionados pelo governador Renato Casagrande (PSB). 

Convidado, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, cancelou a viagem por conta de compromissos em Brasília. Em seu lugar, veio a secretária-geral do ministério, Natália Marcassa. Participaram ainda do evento o secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia, Bruno Eustáquio Ferreira Castro de Carvalho.

Uma figura de destaque no encontro foi o presidente do Conselho de Administração do grupo Gerdau e do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Jorge Gerdau, que anunciou uma parceria com o Cosud, marcando o caráter privatista do bloco de governadores, articulado com áreas inseridas na prática de uma política fincada na gestão empresarial e na abertura dos mercados. 

Nesse sentido, as novas diretrizes do mercado de gás foi um dos temas de destaque do encontro, bem como a privatização portuária, incluindo a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que deverá estar concluída em 2021, com geração de R$ 1 bilhão em investimentos no Porto de Vitória e de Barra do Riacho, em Aracruz, norte do Estado.

 

Mais Lidas