O deputado federal, Marcus Vicente, presidente do PP capixaba divulgou uma nota na noite desta sexta-feira (31) se posicionando sobre as notícias veiculadas na imprensa nacional sobre denúncias contra o partido. O Ministério Público Federal no Paraná ajuizou ação civil pública com pedido de responsabilização por atos de improbidade administrativa em face do partido.
Para o deputado, quem errou, se comprovado, deve prestar contas à Justiça, mas que não se deve fazer o julgamento moral do partido. ???Não se pode julgar o ???todo??? pelos erros de alguns e, da mesma forma, não se pode condenar ninguém sem julgamento prévio, com devido direito de defesa exercido???, afirmou.
Também na nota o deputado reconhece que ter membros citados em ações desta natureza é ruim para a imagem do partido, que o desgaste para a sigla, mas que isso não afeta os demais membros ou parlamentares que não praticaram e que não compactuam com atos contra a nação.
Vicente destacou o fortalecimento o PP no Espírito Santo, ampliando a presença do partido nos municípios, a fim de construir políticas públicas voltadas aos cidadãos e afirma que o deputado estadual do partido, Jamir Malini, os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores assumiram este compromisso nas últimas eleições.
O presidente do partido lembrou que PP tem convenção nacional agendada para a próxima semana e deverá haver uma avaliação do momento vivido pelo partido na atualidade.
???O País passa por um momento de revisão e de fortalecimento das instituições, e acredito que a qualidade da política nacional tende a melhorar após superarmos esta crise. Sempre trabalhei seriamente, e continuarei desta maneira, de forma republicana, honrando os votos que me são confiados???, afirma o deputado.
A ação se refere ao funcionamento de dois esquemas de desvios de verbas da Petrobras um envolvendo contratos vinculados à Diretoria de Abastecimento e outro referente aos benefícios obtidos decorrentes da atuação da Diretoria de Abastecimento em prol dos interesses da Braskem, empresa do Grupo Odebrecht.
Para fins comparativos, o Ministério Público Federal expõe na petição inicial que as propinas arrecadadas diretamente pelo PP e seus integrantes a partir do esquema criminoso, de 2004 a 2014 chegaram ao menos a R$ 296.373.910,56 – (60% dos R$ 410.656.517 60, somados a R$ 49.980.000,00). No mesmo período, a agremiação recebeu o valor de R$ 179.790.284,80 via fundo partidário.
A ação é contra o Partido Progressista, dos ex-deputados federais Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA), e dos deputados federais Nelson Meurer (PP-PR), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL), Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Roberto Britto (PP-BA), além de João Genu, ex-assessor parlamentar do falecido deputado federal José Janene.