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Na reta final, campanha fecha o foco na comparação pessoal entre Casagrande e Hartung

Com a proximidade da reta final da eleição, os principais candidatos ao governo do Estado, o governador Renato Casagrande (PSB) e o ex-governador Paulo Hartung (PMDB), entraram em uma discussão voltada para a comparação de perfis de gestores. A nova fase foi inaugurada pelo governador, a partir do início deste mês. O socialista reuniu a militância para um encontro em Vitória. A partir desse evento, chamado de “festa da virada”, o governador adotou uma postura mais agressiva, incluindo no debate eleitoral as viagens da ex-primeira-dama. Hartung tentou desviar do assunto e levantou a lebre das viagens de jatinho pela atual administração, o que acabou lançando luz sobre a destruição de documentos do governo passado, que apesar de legal, serve para o modelo de comparação que Casagrande tenta estabelecer sobre seu governo e o governo anterior. No caso, o candidato do PSB quer mostrar ao eleitor que seu governo prima pela transparência.
 
Casagrande tenta se aproximar de Paulo Hartung, que lidera a corrida eleitoral tentando desconstruir a imagem de excelente gestor e governo sem mácula que Hartung construiu em seus dois mandatos. Mas esbarra em dois problemas: o primeiro é a blindagem que parte da imprensa capixaba faz da imagem de Hartung e o outro obstáculo é a defesa que o próprio Casagrande fez de seu antecessor até as vésperas da eleição. 
 
O governador acreditou até o último momento na manutenção da unanimidade que garantiu o governo Paulo Hartung por oito anos e ajudou a eleger o socialista em 2010.  Mas os primeiros movimentos da eleição não se mostraram um campo de comparação profunda entre Casagrande e Hartung. O governador iniciou o período eleitoral fazendo criticas indiretas e apontando sua artilharia para o ar.
 
Enquanto isso, Hartung adotou o discurso mais agressivo, de que o Estado estaria estagnado e que somente ele poderia retomar os “trilhos” do desenvolvimento. 
 
Casagrande chamou então Hartung para uma disputa de perfis e Hartung tentou se vitimizar. O problema é que essa imagem não combina com o peemedebista, que era chamado de “imperador” pelos desafetos. Hartung tenta colocar em Casagrande o rótulo de desespero, de candidato capaz de atacar a família, mas não é bem assim. Já Casagrande, que tem um perfil mais conciliador está se adaptando ao estilo “metralhadora giratória”. 
 
Nos meios políticos os ataques de Casagrande têm sido vistos como certeiros e a reação de Hartung ainda não surtiu o efeito de contenção necessário. Mas para os observadores, o tempo pode ser curto para que o socialista consiga desconstruir uma imagem tão consolidada quanto a do ex-governador. 

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