Em entrevista ao jornal A Gazeta desta terça-feira (7), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, destacou a prioridade do partido em ter candidatos próprios nas capitais. Ele falou também da avaliação positiva da nacional em relação ao desempenho do ex-governador Renato Casagrande e que o partido gostaria de tê-lo como candidato à prefeitura de Vitória. Mas em seguida afirmou que a decisão de definir o candidato seria do PSB capixaba.
Para os meios políticos, essa possibilidade de o PSB ter candidatura própria fica distante com a declaração de apoio da Executiva estadual do partido à reeleição do prefeito Luciano Rezende (PPS). Declaração feita pelo presidente regional do partido, o o deputado federal Paulo Foletto, às vésperas da vinda de Siqueira ao Estado. A mais de um ano do início do processo eleitoral, a declaração é vista como precipitada, já que muita coisa pode acontecer até lá.
Siqueira deixa a definição para a estadual do PSB, mas os movimentos da sigla no Estado vão de encontro às movimentações do partido na região Sudeste. O PSB se movimenta pela reeleição do prefeito de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e faz articulações para lançar candidaturas em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O Espírito Santo seria o único estado do Sudeste em que o partido não disputaria a capital com candidatura própria e justamente onde teria mais chances, já que além de ter deixado o governo recentemente e estar com o recall em alta com o eleitorado, Casagrande teve um desempenho eleitoral parelho com o governador Paulo Hartung (PMDB) em Vitória.
Ao apoiar Luciano Rezende, os meios políticos destacam dois problemas: o primeiro é que o prefeito está desgastado politicamente e terá dificuldades em alcançar a reeleição. Neste sentido, uma derrota do prefeito seria contabilizada também para o PSB, mais especificamente para Renato Casagrande. Além disso, Luciano estaria buscando reatar as ligações com o governador Paulo Hartung, hoje principal adversário político do socialista.