Região Metropolitana é necessária e extrapola discussão sobre mobilidade urbana

Os prefeitos eleitos da Grande Vitória têm desafios em comum para enfrentar a partir de suas posses. Eles são unânimes na defesa da união de forças para solucionar os problemas em comum. Mas geralmente essa defesa da efetivação da região metropolitana fica nos discursos.



Criada em 1995, a região não sai do papel. Para o arquiteto e urbanista Fernando Betarello, essa demora aumenta os gargalos da região, porque as demandas da população aumentam ao passo que os prefeitos, isoladamente, não conseguem atender. Em entrevista a Século Diário, que vai ao ar neste sábado (17), o urbanista fala sobre os principais desafios dos prefeitos eleitos e da necessidade de o Estado participar efetivamente da discussão da agenda metropolitana.



Betarello critica a forma como as discussões sobre as demandas da região são feitas e a restrição dos debates à questão da mobilidade urbana. Em sua opinião o BRT, que vem sendo discutido como solução dos problrmas viários da Região Metropolitana da Grande Vitória, não atende à nova dinâmica da população, já que os fluxos estão dentro dos municípios e o projeto continua levando em consideração um planejamento de 30 anos atrás.



Ainda na entrevista, Betarello vai aponta os demais problemas em comum dos municípios e defende a criação de uma secretaria estadual para assuntos metropolitanos, que subsidiaria os prefeitos na busca de soluções coordenadas para os municípios da Grande Vitória.



Ele abordará ainda a questão da ocupação do solo e a forma como a iniciativa privada tem dado o direcionamento às ações do poder público na escolha das áreas de desenvolvimento.