A possibilidade de o PMDB ficar com sete deputados estaduais pode dificultar a movimentação do PT para que o deputado estadual Claudio Vereza seja indicado para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas. A vaga estar para ser aberta em maio, com a aposentadoria do conselheiro Marcos Madureira.
A movimentação em torno do petista é grande. Ao lado do líder do governo Sergio Borges (PMDB) ele é um dos favoritos. Mas se o petista for indicado, o PMDB passará a ter sete deputados estaduais, com o retorno de Esmael Almeida ao plenário. O tamanho da bancada incomoda o restante da Assembleia e por isso, pode dificultada a escolha do deputado petista.
Borges também seria um forte candidato. Como ele é do PMDB, o retorno de Esmael deixaria a bancada do mesmo tamanho, com seis deputados. Mas o problema aí é outro. Além de ter tido problemas com na Justiça, por conta de um entrevero com um promotor público, Borges teria perdido o apoio do governo.
Isso porque o governador Renato Casagrande defendeu na imprensa, nesse fim de semana, a livre escolha da Assembleia para a vaga do Tribunal de Contas. Ao mesmo tempo em que tira do páreo os secretários de Segurança, Henrique Herkenhoff, e da Casa Civil, Luiz Carlos Ciciliotti, o governador também evita pedir votos para seu líder na Casa, prejudicando assim a candidatura de Borges.
A candidatura do deputado Atayde Armani (DEM) não convence os demais deputados, que acreditam não ser ainda a vez do demista, até por conta de sua atuação na defesa da “causa ruralista” na Assembleia.
Já o nome de Dary Pagung (PRP) poderia ser a solução que agradaria tanto ao Palácio Anchieta quanto à Assembleia. O deputado tem uma boa relação com o Executivo e com o Legislativo, e a ida para o Tribunal seria uma solução para o parlamentar, que sem o apoio na disputa do próximo ano do ex-governador Paulo Hartung, pode ter dificuldades de se reeleger.
Se Pagung for o escolhido, o PRP pode continuar tendo representação, já que o próximo suplente da coligação é o ex-presidente da Câmara de Guarapari, José Raimundo Dantas. Neste caso, ele precisaria aparar arestas com a Justiça para garantir a vaga. Dantas busca no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validar os votos anulados pela Justiça Eleitoral nas eleições de outubro passado, quando ele disputou um assento na Câmara de Guarapari.
Caso Dantas não consiga assumir o cargo, o suplente seguinte é o vereador reeleito de Vitória, Namy Chequer, o que daria representatividade na Assembleia ao PCdoB.