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Professora vítima de atentado tem alta da UTI

Internada no Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, professora, de 51 anos, se encontra agora na enfermaria 

(Atualizado às 18h12) Uma professora de 51 anos, vítima dos tiros disparados por um adolescente em Aracruz, norte do Estado, teve alta na tarde desta quarta-feira (30) do setor de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e está agora na enfermaria do Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), na Serra, Grande Vitória. 

Alguns dos demais pacientes também apresentaram progressos em seu estado de saúde. Um deles é a professora de inglês Degina Rodolfo de Oliveira Fernandes, de 37 anos, que levou cinco tiros. Conforme aponta o boletim da Sesa, ela segue intubada em UTI em grave estado geral. Entretanto, em entrevista para A Gazeta, seu marido informou que ela abriu os olhos, mexeu as pernas e não está mais em coma induzido. Degina também está no Jayme.

O menino de 11 anos, internado no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória (HINSG), mais precisamente no Pronto Socorro Dra. Milena Gotardi, em Vitória, continua em estado estável, mas já está liberado para fazer leves caminhadas no setor de semi-intensiva. Já a menina de 14 anos, Thais Pessotti da Silva, que se encontra internada no mesmo local, segue na UTI, intubada, em grave estado geral.

No Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas (HEUE), uma mulher de 58 anos permanece em estado de saúde estável, com previsão de cirurgia em fratura nos próximos dias.

A Sesa não divulga os nomes dos internados, “em observância à Lei Geral de Proteção de Dados, bem como ao princípio da liberdade e da privacidade”.

O atentado da última sexta-feira (25) já fez quatro vítimas fatais: Selena Sagrillo, de 12 anos, e as professoras Maria Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos, Cybelle Passos Pereira Lara, 45 anos, e Flávia Amboss Merçom, de 38 anos.

O crime
Os ataques foram executados por volta das 9h30, primeiramente contra a EEEFM Primo Bitti, em Coqueiral de Aracruz, onde o atirador havia estudado até junho deste ano. Após arrombar o cadeado, ele invadiu a escola e acessou a sala dos professores e depois outras salas. Em seguida, entrou em um carro Renault Duster dourado, com placas tampadas, para outra escola do bairro, de gestão privada, o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), onde efetuou mais disparos, deixando outras vítimas, fugindo em seguida com o mesmo veículo.
Ele foi apreendido na tarde do mesmo dia, em uma das casas da família no município, e encaminhado para o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). O adolescente responderá por “ato infracional análogo aos crimes de nove tentativas de homicídio qualificada por motivo fútil, que gerou perigoso comum e com impossibilidade de defesa da vítima e, quatro homicídios qualificados por motivo fútil, que gerou perigo comum e com impossibilidade de defesa da vítima”.
Pai Tenente
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) também investiga quais as possíveis contribuições do pai do atirador, um tenente da Polícia Militar, para que o crime fosse consumado, e quais as relações do adolescente de 16 anos com células nazistas e fascistas que se expandem pelo país. Um dos pontos da investigação é descobrir se o pai ensinou ao filho a dirigir e atirar.

Nessa segunda-feira (28), a Corregedoria da Polícia Militar instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o pai do adolescente, que foi afastado das atividades operacionais e vai permanecer nas administrativas no decorrer do processo.

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