Em parecer enviado ao Tribunal Regional do Trabalho do Estado (TRT-ES), a procuradora-chefe do MPT, Ana Lúcia Coelho Lima considerou que a grave está dentro dos parâmetros da legalidade e que, em caso de julgamento de dissídio, não deve haver reedição de cláusulas já previstas em acordos anteriores firmados entre a Cesan e os trabalhadores.
Para a procuradora, existe a necessidade de concessão de reajuste de 8%, além de tíquete alimentação e outros direitos previstos na pauta de reivindicação dos trabalhadores.
Além disso, o MPT recomendou que sejam pagos os dias parados dos trabalhadores e que não haja punição para os funcionários.
Os trabalhadores reivindicam reposição salarial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e correção do valor do tíquete-alimentação, dentre outros pontos. A categoria tem data base em maio. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado (Sindaema), desde o final de abril foram realizadas várias reuniões com representantes da empresa, todas sem sucesso.
Para o Sindaema, a direção da Cesan manteve a posição intransigente de não dialogar e apresentou como proposta simplesmente a manutenção dos benefícios atuais.
Além disso, os servidores apontaram que a Cesan é conduzida desde 2003 pela administração do atual governo e que o sindicato não concorda em transferir aos servidores os eventuais problemas de gestão.