A assembleia será realizada no auditório do Alice Vitória Hotel, no Centro da cidade, a partir das 9 horas. O encontro será aberto para servidores sindicalizados e não sindicalizados à entidade. Além da discussão e deliberação sobre a deflagração de greve geral e o prazo de duração, a pauta da assembleia também inclui a discussão sobre outras medidas e estratégias do movimento paredista, a recomposição do Comitê de Crise, bem como a deliberação sobre fundo de greve, em caso de aprovação da medida.
Em vídeo publicado na página do sindicato no Facebook, a presidente Adda Maria Lobato Machado convocou os trabalhadores para discutir o futuro do movimento. “Sabemos que existe realmente algumas crises, mas sabemos que algumas crises são montadas. Existem crises para uma categoria, enquanto em outra categoria a crise ainda não chegou. Colegas, nós já estamos findando o mês de setembro e não recebemos qualquer resposta da administração sobre os nossos pleitos”, disse.
A sindicalista cobrou ainda o cumprimento da data-base da categoria, que foi estabelecida por meio de resolução do TJES para o mês de maio. “A data-base que foi estabelecida em resolução ainda não chegou. A revisão geral é um direito constitucional e nem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede que ela seja concedida ao trabalhador”, afirmou Adda Lobato, em alusão à justificativa dada pela administração da corte para evitar o pagamento – hoje a corte já extrapolou o limite de gastos com pessoal estipulado pela LRF.
Em nota, o sindicato afirma que a votação pela paralisação “é resultado do descaso da presidência do TJES com os servidores, quando não negocia com o Sindicato e insiste em tratar de forma desigual às categorias de base do Poder Judiciário capixaba, negando direitos básicos constitucionais do trabalhador, como a revisão geral anual e melhores condições de trabalho, e concedendo aos juízes reajustes salariais de 15% em 2015 e de 16% em janeiro do próximo ano”.
No último dia 4, a categoria aprovou o indicativo de greve e a adesão dos serventuários aos “apagões” promovidos pelo Fórum das Entidades dos Servidores do Espírito Santo (Fespes), realizado durante toda a semana passada. Na última quinta-feira (17), os trabalhadores realizaram um grande protesto em frente à sede do Tribunal de Justiça, na Enseada do Suá. Eles chegaram a colocar um caixão fechado em frente ao hall de entrada do Palácio da Justiça simbolizando o sucateamento do serviço público.