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Servidores do Judiciário vão se reunir para decidir sobre greve da categoria

Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) podem parar suas atividades por conta do descumprimento da revisão geral anual dos salários e por melhoria nas condições de trabalho. Neste sábado (26), a categoria se reúne em assembleia para deliberar sobre uma greve geral. O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijudiciários) critica o descaso da atual administração do Tribunal com os servidores e a falta de isonomia de tratamento, em decorrência dos vencimentos de magistrados já terem sido reajustados este ano.

A assembleia será realizada no auditório do Alice Vitória Hotel, no Centro da cidade, a partir das 9 horas. O encontro será aberto para servidores sindicalizados e não sindicalizados à entidade. Além da discussão e deliberação sobre a deflagração de greve geral e o prazo de duração, a pauta da assembleia também inclui a discussão sobre outras medidas e estratégias do movimento paredista, a recomposição do Comitê de Crise, bem como a deliberação sobre fundo de greve, em caso de aprovação da medida.

Em vídeo publicado na página do sindicato no Facebook, a presidente Adda Maria Lobato Machado convocou os trabalhadores para discutir o futuro do movimento. “Sabemos que existe realmente algumas crises, mas sabemos que algumas crises são montadas. Existem crises para uma categoria, enquanto em outra categoria a crise ainda não chegou. Colegas, nós já estamos findando o mês de setembro e não recebemos qualquer resposta da administração sobre os nossos pleitos”, disse.

A sindicalista cobrou ainda o cumprimento da data-base da categoria, que foi estabelecida por meio de resolução do TJES para o mês de maio.  “A data-base que foi estabelecida em resolução ainda não chegou. A revisão geral é um direito constitucional e nem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede que ela seja concedida ao trabalhador”, afirmou Adda Lobato, em alusão à justificativa dada pela administração da corte para evitar o pagamento – hoje a corte já extrapolou o limite de gastos com pessoal estipulado pela LRF.

Em nota, o sindicato afirma que a votação pela paralisação “é resultado do descaso da presidência do TJES com os servidores, quando não negocia com o Sindicato e insiste em tratar de forma desigual às categorias de base do Poder Judiciário capixaba, negando direitos básicos constitucionais do trabalhador, como a revisão geral anual e melhores condições de trabalho, e concedendo aos juízes reajustes salariais de 15% em 2015 e de 16% em janeiro do próximo ano”.

No último dia 4, a categoria aprovou o indicativo de greve e a adesão dos serventuários aos “apagões” promovidos pelo Fórum das Entidades dos Servidores do Espírito Santo (Fespes), realizado durante toda a semana passada. Na última quinta-feira (17), os trabalhadores realizaram um grande protesto em frente à sede do Tribunal de Justiça, na Enseada do Suá. Eles chegaram a colocar um caixão fechado em frente ao hall de entrada do Palácio da Justiça simbolizando o sucateamento do serviço público.

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