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Batalha de apoios

Com profusão de candidatos e elevado índice de indecisos, Rose, Magno e Erick tentam mostrar força na disputa ao Senado

Leonardo Sá

Com profusão de candidatos, nove ao todo, e ainda um número elevado de indecisos nas pesquisas eleitorais já divulgadas até agora, a disputa ao Senado registra, nesse início de campanha, a busca dos candidatos não só por percorrer todo o Estado, mas para mostrar palanques fortalecidos. A estratégia de Magno Malta, que lançou a hashtag #voltaMagnoMalta, segue a linha de sempre, na tentativa de ligá-lo ao campo nacional e evangélico. Ele vem publicando quase que diariamente, em suas redes sociais, vídeos ao lado de lideranças que vão desde o presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros, ao empresário Luciano Hang e pessoas ligadas à igreja (apóstolo, bispo, pastor, cantores gospels), que é sua base de votos. A senadora Rose de Freitas (MDB), que corre atrás de não perder sua cadeira, foca também na bandeira de longos anos, que rendeu a ela o título de “madrinha dos prefeitos/municípios”. Isso significa divulgar a adesão dos gestores a sua candidatura, como fez recentemente, ao dizer que já conta com 60 deles, do total de 78 cidades capixabas. Magno e Rose se situam nos dois polos extremos da disputa: ele o nome da oposição ferrenha ao governador Renato Casagrande (PSB), acompanhado de Carlos Manato (PL), ela a escolhida para integrar a chapa da situação. O terceiro candidato que hoje detém mandato, o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), segue tentando se consolidar como uma espécie de “terceira via”, com a bandeira de “novo” (só na idade!) e sem caminhar com nenhum candidato ao governo. Erick reúne em torno do seu nome o deputado federal Felipe Rigoni (União), que vende o mesmo peixe, e tem anunciado apoios públicos de parlamentares, como do deputado federal Da Vitória (PP) e estadual Marcelo Santos (Pode), além de manter o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), como seu principal cabo eleitoral. Nesta quinta-feira (25), ele também entrou da seara dos municípios, ao informar adesão ao seu palanque de 12 vereadores de Aracruz, no norte do Estado, formalizado em encontro no seu reduto eleitoral, e ainda de Guarapari. Na Assembleia, a tendência é o deputado também somar apoios, inclusive de quem integra a base. Mas, as perguntas que não querem calar seguem na mesma: o que isso tudo vai significar em votos? E como o tabuleiro do Senado chegará, de fato, à votação de 2 de outubro?

Vai saber…
A briga pela única cadeira do Senado tem ainda o pastor Nelson Junior (Avante), estreando em eleição, ao lado de Audifax Barcelos (Rede). Ele prega a “renovação” do Senado e tem ampla influência no setor evangélico, devido ao projeto “Eu Escolhi Esperar”, que prega abstinência antes do casamento. O resultado de sua candidatura também é uma incógnita.

Tabuleiro
Os outros candidatos, que devem ter um alcance menor na disputa, são o empresário Carone (Agir), Coronel Lugato (DC), Felipe Skiter (PSTU), Antonio Bungestab (PRTB) e Gilberto Campos Coletiva (Psol).

Chapas
Carone não tem candidato ao governo formal, mas declarou apoio a Audifax; Lugato queria ser o nome oficial de Guerino Zanon (PSD), mas não colou – o partido, de todo jeito, está na coligação do ex-prefeito de Linhares; Felipe forma chapa com Capitão Sousa (PSTU); Antonio com Claudio Paiva (PRTB), e Gilberto Campos é da federação com a Rede, mas o Psol corre de Audifax, e vice-versa.

Retrato atual
As pesquisas até agora colocam Magno Malta na dianteira de Rose, mas ainda próximos, e os demais nomes bem atrás. Só que, por enquanto, não tem como desconsiderar: o número de indecisos nas menções espontâneas é muito alto. Mais de 70%! Ou seja, tem água para rolar ainda, até se certificar que o cenário será exatamente este.

Quase lá
Rose de Freitas colou em Casagrande no valor de caixa de campanha. Recebeu da Nacional do MDB, R$ 3,5 milhões, próximo do limite legal de gastos para o Senado, que é R$ 3,8 milhões. Casagrande tem, até agora, R$ 3,55 milhões e pode gastar R$ 7,1 milhões, no primeiro turno.

Cofres vazios
Da lista acima, ninguém mais tem dinheiro em caixa, por enquanto! Quer dizer, Erick tem um “pingado”, R$ 3 mil, sendo R$ 2 mil do advogado Flavio Cheim Jorge e R$ 1 mil do também advogado, Ludgero Ferreira Liberato dos Santos.

Entrelinhas
Depois de um longo e tenebroso inverno, o ex-deputado e ex-vice-governador César Colnago ressurgiu nas redes sociais, para falar de “lealdade nas relações humanas”, mas ficou só por aí. A publicação faz uma breve exaltação de sua trajetória, seguida de comentário sobre sua ausência no pleito deste ano, segundo ele, “resultado de muita reflexão familiar, em especial com a minha esposa Vera”.

Rasteiras
Colnago não cita nomes dos envolvidos nesse contexto, mas, não é novidade, ele recebeu dois vetos este ano. O primeiro no PSDB, seu partido de sempre, quando não conseguiu campo para concorrer ao governo, o que gerou sua saída da legenda. Foi para o PSD, em tese, com aval para disputar o Senado, junto com Guerino ao governo, e tomou uma rasteira e tanto, não topando, depois, assumir outra candidatura.

Nas redes
“Até quando viveremos à mercê dos criminosos? As manchetes não mentem: todos os dias a nossa população sofre com a insegurança em todo o Espírito Santo. Onde está a atuação do Governo do Estado?(…)”. Manato, como esperado, jogando carga na Segurança Pública.

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Duelo do Senado

Rose aposta em ex-prefeitas nas suplências, enquanto Magno vai de empresário e militar mobilizado em frente unificada contra Casagrande


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/duelo-do-senado

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