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Cerco estratégico

Distribuição de cadeiras na Câmara de Vitória fecha campo para oposição. “Escândalo, balbúrdia”, protesta Camila Valadão

Redes sociais

Segunda mais votada da Capital nas eleições de 2020, Camila Valadão (Psol) teve seu campo de atuação reduzido na Câmara Municipal, ficando com apenas uma das 58 cadeiras distribuídas pelos 18 colegiados da Casa. Ela presidirá a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, mas também pretendia compor as de Defesa e Promoção dos Direitos das Mulheres; Saúde e Assistência Social; e Educação. Foi “vetada” em todas, como protestou nesta quinta-feira (4), apontando “escândalo e balbúrdia”, resultado de ato da Mesa Diretora, comandada por Davi Esmael (PSD), aliado e amigo do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). Apontando descumprimento ao Regimento Interno, a vereadora pretende reivindicar legalmente a ocupação dos espaços e questiona os critérios utilizados, já que o Psol tem o mesmo quociente partidário de 11 das 12 legendas com representação na Câmara. Camila, que é de oposição, foi a única a ficar nessa situação. Já o Cidadania fechou 13 cadeiras; o Patriotas e o PSL, oito cada; o PV e o Republicanos, cinco; o PSC, PDT e Podemos, quatro; e PSB, PTB e PT, duas. Pela correta distribuição, como aponta Camila, o Psol teria direito a atuar em pelo menos quatro colegiados, assim como as demais legendas que elegeram um nome na disputa municipal. Mas a estratégia de isolá-la foi tanta, que incluiu – pasme! – até a Comissão de Mulheres. Entrou Karla Coser (PT) na presidência e, na função de vice…vereador Maurício Leite (Cidadania). Oi?

Contramão
Sem nem entrar na questão da representatividade, porque é óbvia, já que a comissão debate temas de defesa e promoção dos direitos das mulheres, não dos homens, há outro ponto a se destacar. Há mais de 20 anos, a Câmara não elegia duas mulheres, o que torna menos aceitável ainda impedir que Karla e Camila ocupem esse espaço juntas. Que papelão, Câmara!

Pouco também
Karla Coser, a única também declarada de oposição, ampliou um pouco o alcance. Além da presidência do colegiado de Mulheres, é membro da Comissão de Empreendedorismo e Desburocratização. Ela, da mesma forma, criticou a divisão. Karla havia pleiteado participação em Direitos Humanos, Educação, Meio Ambiente e Políticas Urbanas.

Separadas
As duas vereadoras, como se vê, tinham interesses em atuar em colegiados semelhantes, mas, juntas, também foram barradas. Onde estão, foram escalados também os aliados de Pazolini.

Previsível
Com mais de 10 vereadores da base e muitos com perfil de direita e extrema direita, a divisão das comissões da Câmara só reforça que “está tudo dominado” para o prefeito eleito, Lorenzo Pazolini, na Câmara Municipal. Se não fosse a oposição qualificada, mesmo com a imposta redução de espaços, nem sei, viu…

O que vem por aí?
Por falar em Pazolini, o convite feito nesta quinta-feira ao ex-prefeito de Colatina, Sérgio Meneguelli (Republicanos), para ocupar a Secretaria de Cultura de Vitória, causou burburinho nos bastidores. Primeiro, atuação desconhecida na área. Segundo, acabou com o Carnaval em Colatina, setor que tem crescido a cada ano na Capital, movimentando o turismo, o setor artístico e a economia.

O que vem por aí II?
A demora de Pazolini para decidir o comando dessa pasta, convenhamos, também chama atenção.

O que vem por aí III?
De todo jeito, martelo ainda não batido. Esperto que é, Meneguelli disse “que irá pensar”, como sempre costuma fazer, valorizando seu passe. A expectativa é de resposta até este final de semana. De olho!

‘Popstar’
Em live nessa quarta-feira (3), Meneguelli, que virou “popstar” das redes sociais (alguém explica?), afirmou que sua próxima meta política, em 2022, é o legislativo. Não se estendeu no assunto, mas certa hora, citou o federal. Meneguelli não disputou a reeleição e disse que é “melhor no legislativo que no executivo”.

‘Popstar’ II
O formato da live, segundo ele, foi inspirado nas realizadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele realizará uma por semana, explorando os 2,2 milhões de seguidores no Facebook. Para quem não se lembra, Serginho foi convidado por Bolsonaro no final do ano passado para uma visita e, na eleição, por candidatos a prefeito de fora do Estado, para participar de atos de campanha.

PENSAMENTO:
“Onde há alturas, há grandes precipícios”. Sêneca

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