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Fora de alcance

Na meta de se consolidar como terceira via, Luiz Paulo evita embates e antecipação da guerra eleitoral prevista para Vitória

Leonardo Sá

Hoje nas altas cotações para assumir um palanque em Vitória no próximo ano, representando a Federação PSDB-Cidadania, o tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas deixou claro que não pretende entrar em bola dividida antes do tempo. A estratégia segue o plano de se consolidar como a terceira via no pleito, fugindo da polarização prevista entre o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e o deputado estadual João Coser (PT), que repete o cenário de 2020. Ao mesmo tempo, evita que logo vire vidraça, já que, não há como negar, a previsão é de guerra eleitoral na Capital, a segunda principal vitrine política do Estado e essencial, também, para os projetos de 2026. O resumo é o que se observa da entrevista concedida por ele ao programa Política ES, da TV Século. Ele aponta, em tom ameno, que “não vê qualidade na atual gestão para merecer o segundo mandato” e que os históricos dele e de Pazolini “são muitos diferentes”, mas se esquivou de apontar áreas críticas ou ser incisivo em alguma questão. Em certos momentos, disse não querer “fazer julgamentos, isso cabe ao eleitor” e que “não pensa desta forma – ter que derrotar Pazolini ou o PT”. A jogada de Luiz Paulo, por ora, é defender o debate do que chama de “projeto alternativo” para a Capital, uma “agenda de desenvolvimento regional”, e uma “relação virtuosa entre as forças políticas, de mercado e da sociedade civil”. Para agora, nada mal! Depois…salve-se quem puder!

Foco exclusivo
No caso de “derrotar Pazolini ou o PT”, o tucano respondia à pergunta feita por meu parceiro de Redação, Vitor Taveira, sobre o foco da federação manifestado em nota divulgada em março deste ano. É que ao invés de focar no atual prefeito, o PSDB e Cidadania declararam como meta combater os palanques do PT.

Caminhos
De lá para cá, muita água já rolou por debaixo da ponte, inclusive a entrada efetiva de Luiz Paulo e, mais recentemente, do ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania), além da saída do deputado estadual Fabrício Gandini do Cidadania, naquela ocasião, o cotado para disputar novamente a prefeitura. No contexto atual, as declarações de Luiz Paulo anulam a nota pública e indicam outras direções.

Gestões
Apesar de aparentemente inevitável, as presenças de três ex-prefeitos de Vitória no tabuleiro – Luiz Paulo, Coser e Luciano Rezende – não são consideradas pelo tucano como sinalização de que a disputa pode se concentrar nas comparações entre as gestões, incluindo ainda a atual, de Pazolini. A agenda dele, assevera, é “um projeto de futuro”.

De cima pra baixo
No caso dos nomes que irão encabeçar a chapa lá na frente, Luiz Paulo destaca que “não gosta de fulanizar essas escolhas com tanta antecedência”. Para ele, a decisão será uma “construção natural” e passará pela Nacional da Federação PSDB-Cidadania, por se tratar de Capital e envolver alianças e acordos políticos.

À frente
No retrato de agora, como se sabe, todo mundo se coloca no jogo, para valorizar o passe e conseguir lugar à mesa. Na Federação, aparecem nas articulações Luiz Paulo, Luciano Rezende (Cidadania) e o deputado estadual Mazinho dos Anjos (PSDB). Luiz Paulo, no entanto, está um passo adiante.

Conversas
Ele também citou que tem feito “grandes diálogos” com lideranças e partidos que transitam pelo mesmo bloco ligado ao governador Renato Casagrande, como o próprio PSB e o deputado Tyago Hoffmann, que se declara candidato pelo partido, o PSD, o PP e o União.

Conversas II
No caso do União, essa interlocução é feita com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, quem tem sido elogiado aos montes por Luiz Paulo, e vice-versa! Acontece que Rigoni está em briga interna pelo comando da legenda. Voltou a responder pela presidência nesta semana, após decisão judicial. Veremos o que acontece até ano que vem!

Dúvida
A deputada estadual Camila Valadão (Psol) também foi lembrada e, inclusive, exaltada por Luiz Paulo, no contexto das decisões tomadas pelas nacionais. Ele levantou dúvida se ela de fato irá disputar ou se aliar ao PT, considerando negociações já feitas em outros estados, como São Paulo, onde o PT abriu mão de lançar candidato para apoiar o deputado federal Guilherme Boulos (Psol). É, de fato, uma questão.

No mais…
Até as cenas dos próximos capítulos!

Nas redes
“Aprendendo muito com este grande líder político e amigo Fabrício Gandini”. Renzo Vasconcelos, presidente estadual do PSD, partido que espera o deputado e ex-Cidadania de portas abertas, para erguer palanque na Capital.

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