Mapa eleitoral

A reaproximação dos senadores Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PSDB) para proteger seus mandatos em 2018 não é considerada nos bastidores uma conveniência de momento em reação ao lançamento da candidatura do deputado estadual Amaro Neto (SD). Os dois teriam reatado mesmo a aliança e devem caminhar juntos até outubro do próximo ano, quando duas vagas ao Senado estarão em disputa. A movimentação deixa no ar, porém, a possível composição da dupla com o palanque ao governo. Magno está há muito tempo afastado do governador Paulo Hartung e Ricardo Ferraço idem, apesar de aparecer vez ou outra em agenda oficial ao lado dele. Mas os atuais sinais do mercado político deixam claro que, entre os nomes fortes da disputa, a ideia é fazer de Amaro o candidato de Hartung. Se Ricardo, principalmente, nutria alguma expectativa de contar também com essa aliança, parece já ter acordado. Resta saber qual será a estratégia de aliança da dupla nessa condição de “sobrar”. É a questão da vez.

Pra você ver...

Foi só aumentar a concorrência, que Magno esqueceu logo a citação de Ricardo nas delações da Odebrecht. Os dois estavam mais juntos do que nunca, até explodir a bomba das doações de campanha por suposto caixa dois, e Magno jogar o então aliado para escanteio.

Distância

A propósito, quem presenciou o encontro dos senadores com o ex-governador Renato Casagrande (PSB), na Cachoeiro Stone Fair, diz que o clima foi de frieza total. O socialista, como se sabe, também é um adversário em potencial na eleição ao Senado.

Enquanto isso...

Ricardo Ferraço segue por aí com palestras para empresários. Na próxima segunda-feira (4), às 9 horas, defenderá a Reforma Trabalhista no auditório da Unesc, em Colatina. Alvejado pelos trabalhadores por manter os pontos polêmicos da proposta de Temer, que beneficia o setor empresarial, o discurso de Ferraço só cabe, mesmo, nesses eventos “tudo em casa”.

Sem tesoura

A secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, pupila de Hartung, está na lista publicada pela Folha de S. Paulo nesse domingo (27) de funcionários do alto escalão do governo federal que ganham acima do teto. Por participar de conselho da Caixa, ela tem remuneração mensal superior ao permitido, de R$ 37 mil. Quer dizer: Ana Paula é boa de usar a tesoura nos salários dos outros, no dela, são outros quinhentos!

Com tesoura

A lista surgiu no contexto do projeto de teto efetivo elaborado pelo executivo para redução de gastos, que passa a incluir no cálculo do texto as verbas-extras. Matéria terá que passar pelo Congresso Nacional.

Rendendo

Quase ninguém toca mais no assunto, mas a briga no PT capixaba entre os grupos do deputado federal Givaldo Vieira e o presidente regional da sigla, João Coser, está longe de ter fim, com repercussão na Nacional. Resultado da insistência de Coser em não cumprir a resolução que determinou o desembarque dos cargos do partido do governo Hartung.

Rendendo II 

Coser, para dizer que cumpriu, entregou apenas o cargo do ex-secretário de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Casteglione, alegando que a determinação só vale para cargos de primeiro escalão. O jeitinho do presidente regional garante, inclusive, a manutenção da sua filha Karla Coser, filiada ao PT, como assessora especial na Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes). 

Festança

O clima na Assembleia nesta segunda-feira (28), com o pagamento dos 11,98% de reposição salarial aos servidores, depois de uma eternidade, era de festança. Discursos, fogos de artifício...a comemoração promete!

Nas redes

“Para não cair no esquecimento: as obras do aeroporto de Vitória já duram quase 13 anos e até aqui custaram 523 milhões, muito acima do previsto!”. (Deputado estadual Sérgio Majeski – PSDB – no Facebook).

PENSAMENTO:

"O defeito é um monstro que não procria". Pitágoras