O novo secretário da Casa Civil, Zé Carlinhos, “chegou chegando” ao cargo e até já acompanha o governador Paulo Hartung (PMDB) em viagem internacional iniciada nesta terça-feira (30). Mas a expectativa em relação à sua nomeação no comando da pasta, mesmo, se concentra na Assembleia Legislativa. Conhecido por seu tato com intermediações políticas, Zé Carlinhos vem ocupar um espaço antes preenchido pelo incendiário Paulo Roberto, agora secretário da Fazenda. Era ele quem “tocava” a Assembleia aos trancos e barrancos, dando direção idêntica ao líder do Governo, Gildevan Fernandes (PMDB). Os resultados não poderiam ser outros: muitas caneladas, insatisfações e bate-bocas em plenário, que acabaram em alguns momentos de rebeldia – numa Casa acostumada à subserviência a Hartung, o normal vira rebeldia. A mudança agora é da “água pro vinho” e assume esse papel de apaziguar os ânimos um expert em diplomacia. A missão é eliminar de vez esses eventuais incômodos e desgastes à gestão Hartung, numa hora em que o governador leva tiroteio de várias áreas, principalmente dos movimentos sociais. De uma maneira geral, tendo jogo de cintura, não é difícil apaziguar os ânimos dos deputados estaduais. Quer dizer, nem todos! Há Zé Carlinhos capaz de segurar Euclério Sampaio (PDT) e Sérgio Majeski (PSDB)?
Lucro
Por outro lado, provavelmente, Hartung já saiu no lucro pela relação do novo secretário com o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), que formava a trinca dos principais críticos da Assembleia. Um a menos?
Fora de hora
Deu no Blog Painel, da Folha de S. Paulo: “A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) brincou com o colega Fernando Bezerra (PSB-PE) que falaria a favor de Dilma. O senador, então, mais que depressa, foi alertar o governo”….
Fora de hora II
“…minutos depois, Rose recebeu ligação de Temer. Ela chorou e esclareceu que tinha lado, o do interino, e que jamais imaginou que o senador fosse fazer um fuxico. “Que puxa-saco”, disse Rose ao líder do governo, Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Lado a, lado b
No lançamento de sua candidatura a prefeito em Vila Velha nessa segunda-feira (29), o deputado federal Max Filho (PSDB) reuniu lideranças que rezam cartilhas distintas dentro no ninho tucano nestas eleições. O governador em exercício César Colnago, o deputado estadual Sérgio Majeski e o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas.
Sintomático
O que chama atenção, porém, é a ausência de Luiz Paulo nas fotos e vídeos publicados por Max nas redes sociais. E, claro, os prováveis motivos para isso. Problema com o candidato tucano, não é.
Compromisso
Por lá, também, os deputados Hércules Silveira e Gilsinho Lopes (PR). O PR é a única sigla coligada com o PSDB no município e Hércules, como se sabe, ficou em palanque adversário do PMDB, após manobra que levou o partido para a coligação do prefeito Rodney Miranda (DEM). “Levaram a sigla do meu partido, mas meu coração ficou aqui”, disse reafirmando o acordo firmado entre os dois.
Conveniência
Do mesmo partido do prefeito de São Mateus (norte do Estado), Amadeu Boroto, que está mal das pernas, o deputado estadual Eustáquio de Freitas (PSB) quer porque quer descolar sua candidatura do socialista. Gravou programa eleitoral em que já começa assim: “Nosso governo não será continuidade de governo nenhum”. Partido pra quê, não é?
Segue…
Boroto, aliás, sinalizava para apoiar outro nome, do comerciante e ex-secretário de Obras e de Agricultura de sua gestão, Jadir Bachetti (SD), mas a candidatura não vingou. O prefeito vai ficar de fora da campanha?
Perde não!
O raio-x de Século Diário em detalhes, pelo editor José Rabelo, está em duas edições do programa Presença, da Rede TV, apresentado pelo jornalista Eustáquio Palhares. As entrevistas foram realizadas na última semana. É só clicar. Vai, assiste!
Primeira entrevista: dia 24 de agosto:
Segunda entrevista: dia 25 de agosto
Nas redes
“Estudo encomendado pela Samarco indicou falhas de drenagem em obra no Fundão. Crime? Cadeia para os criminosos!”. (Juntos – SOS ES Ambiental – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Política é a inimiga da imaginação”. Ian McEwan
