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Praia de Magno é o Senado

As movimentações de Magno Malta tem provocado debates interessantes na Redação de Século Diário, inclusive é tema de Papo de Repórter deste domingo (30). Evidentemente que esses debates não se encerram em teses consensuais sobre os desígnios do senador do Partido da República para a disputa de 2018.
 
Como o assunto está na ordem do dia, também vou botar minha colher nessa discussão. Posso dizer que em matéria de Magno Malta tenho “pós-graduação”. Conheço o baiano de Macarani desde os tempos em que ele começou a engatinhar na política capixaba, como vereador em Cachoeiro de Itapemirim 
 
Nos caminhos possíveis para Magno Malta, alguns observadores já apostam que o senador vai em busca do governo do Estado em 2018. Descarto completamente essa hipótese. Já ouvi de viva voz, do próprio, que ele é homem de parlamento. A praia de Magno é o Senado. Não por acaso, ao final do atual mandato, em 2018, ele completa 16 anos no Senado. Se conquistar a reeleição, garante mais oito anos e completaria em 2026, 24 anos na Casa. O que o igualaria, em número de mandatos, a João Calmon e Gerson Camata, ambos têm três. 
 
Magno Malta tem se movimentado mais intensamente porque é uma das poucas lideranças estaduais de peso que, pelo menos até agora, não levou tinta da Lava Jato. Incólume, o oportunista senador mostra que sabe aproveitar o momento que lhe é favorável. Com o reforço da mulher Lauriete, cantora gospel de sucesso reconhecido, Magno vem arrastando multidões “fãs-eleitores”, promovendo uma espécie de showmícios pelos bairros mais populares da Grande Vitória. 
 
Apesar de bem posicionado para as eleições do ano que vem, repito, não o incluo entre os virtuais candidatos que devem se alinhar na raia rumo ao Palácio Anchieta em 2018. A conduta e o retrospecto político de Magno deixam claro que ele quer estabelecer os meios para conquistar seu terceiro mandato consecutivo no Senado.
 
Deixando Magno de lado, retomo o foco no deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB). Já deve ter leitor achando que estou sendo repetitivo reafirmar a tese de que o tucano é uma das lideranças que podem influir decisivamente no processo eleitoral de 2018. Repito, não incluo Majeski necessariamente como candidato ao governo. Isso são outros quinhentos. Mas defendo que o deputado precisa urgentemente ocupar o espaço  aberto por ele mesmo. Se ele não ocupar, vai causar uma frustração enorme no seu eleitorado, que já não deve ser pequeno a essa altura. Esses eleitores que estão em busca de algo novo na política, veem em Majeski o produto mais próximo desse perfil dos sonhos.
 
Ele precisa vestir em definitivo a armadura e entrar no campo de batalha como adversário do governador Paulo Hartung (PMDB). É fato que o PSDB, em muitos momentos, ainda funciona como amarras para o deputado. A imprensa corporativa também fecha as portas para o deputado. 
 
O desafio de Majeski, portanto, é ocupar esse espaço no cenário político, independentemente do cargo que irá almejar em 2018. Majeski deveria aproveitar este momento de grande vulnerabilidade de PH, que transita perigosamente na beira do desfiladeiro, empurrá-lo de vez. E não se trataria de oportunismo, como tentam fazer aqueles que pegam carona na Lava Jato. 
 
O deputado do PSDB tem legitimidade para criticar PH. Ele vem fazendo oposição ao atual governo desde que pisou no Parlamento. Começou pela pauta da Educação é não parou mais. Acho que seria a hora de Majeski ser mais contundente. 
 
Digo isso, porque nesse episódio da delação da Odebrecht, que atingiu PH em cheio, tinha a expectativa de que Majeski se posicionasse como o adversário mais implacável do governador. Não apenas como um deputado de oposição, mais que isso. É verdade que ele não deixou de registrar suas críticas à conduta do governador. Isso também fizeram os pedetistas Euclério Sampaio e Da Vitória. Mas confesso que de Majeski esperava mais. 
 
Insisto na tese de que o deputado precisa ocupar esse espaço de adversário incondicional de PH. Mesmo respirando por aparelhos, PH sempre representa perigo. 

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