O deputado estadual Euclério Sampaio (PDT) quer saber do secretário de Estado da Casa Civil, Zé Carlinhos, e da secretária de Comunicação, Andreia Lopes, se existe algum tipo de relacionamento comercial entre a empresa FBS Comunicações e o governo Paulo Hartung (PMDB). Requerimento de informação nesse sentido foi lido na sessão desta segunda-feira (5) na Assembleia Legislativa e a questão necessita, sem dúvida, de transparência. Considerada a maior agência de comunicação do País, com faturamento anual de R$ 145 milhões e escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, a FBS tem uma carta de clientes pra lá de invejável. Na lista, está o governo do Estado, mas não informa, porém, se o contrato permanece ativo, desde quando, e muito menos os valores. Em tempos da imagem pessoal de Hartung bombando na imprensa nacional, o que certamente remete ao trabalho de uma assessoria de peso e com influência, também é preciso saber: se existe esse contrato, quem é o cliente, o governo do Estado ou o governador? Assim como Euclério, tem muita gente atrás de saber quem é a dona da conta. Resta saber se a gestão de Hartung irá fornecê-las. Quando não interessa ao governador, sabe como é…
Só para se ter uma ideia…
Há um tempo, a “poderosa FSB” apareceu em matérias nacionais por conta do contrato firmado com o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). A contra se aproximava dos R$ 18 milhões anuais e deu “bafafá” certa hora, porque o contrato foi feito sem licitação e por meio do governo, embora atuasse na assessoria pessoal e de campanha de Cabral.
Sete chaves
Quem também voltou a apresentar requerimentos de informação ao governo foi Sérgio Majeski – sempre ele e Euclério. Um ao secretário de Educação, Haroldo Rocha, solicitando de novo cópia do processo de nomeação da servidora Izabel de Fatima Luz, outro ao secretário da Fazenda, Paulo Roberto, para ter acesso à relaçãoo das empresas que receberam benefícios e incentivos fiscais, detalhando os motivos e o montante.
Sete chaves II
Já tem tempo que Majeski requer essas mesmas informações e nada. No caso de Izabel, superintendente de Educação de Carapina, tem relação com a acusação contra ela de ter recebido diárias internacionais, em novembro de 2012, quando ocupava cargo de secretária de Educação de Rondônia. Já sobre os incentivos, é aquilo, né? Ninguém abre a gaveta.
Sem efeito
Essa da senadora Rose de Freitas (PMDB) de se dizer arrependida pelo voto em favor da manutenção dos diretos políticos da presidente cassada Dilma Rousseff, como fez em A Tribuna nesse domingo (4), foi demais. Não está aguentando o rojão das porradas que têm levado nas redes sociais, não? Melhor bancar posição do que voltar atrás, até mesmo porque, duvido conseguir reverter o quadro a seu favor.
Oba-oba
Tem festa na Ceasa na manhã desta terça-feira (6). A Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) irá entregar 36 máquinas e equipamentos agrícolas, a 21 municípios capixabas, adquiridos por emendas parlamentares no total de R$ 2,5 milhões. Será que todo mundo da classe política vai comparecer? Não, bobagem!
Apoio
Notícias de Pedro Canário sinalizam para insatisfação da população em relação à declaração de apoio do padre Gilday Santos ao candidato a prefeito pelo PSC, vereador Rogério Moura. Os moradores acham que ele deveria ficar isento na disputa.
No aguardo
E o silêncio ensurdecedor do secretário estadual de Direitos Humanos, Júlio Pompeu, sobre o protesto e prisões de sexta-feira (2)? Será que depois da reunião desta segunda requerida pela Comissão Permanente de Direitos Humanos da Ufes ele irá, finalmente, se manifestar? Só opinião do secretário de Segurança, André Garcia, defendendo a estratégia da sua polícia, não vale.
Nas redes
“Eu estava na manifestação e testemunhei a violência gratuita. Dezenas de bombas de gás e de efeito moral atiradas aleatoriamente sobre a multidão pacífica, composta de jovens, velhos e até crianças que caminhavam em ato cívico”. (Maurício Abdalla – professor da Ufes – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Tudo começa em mística e termina em política”. Charles Péguy
