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CEDH quer apuração rigorosa sobre morte de preso em Colatina

O Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) divulgou nota publica prestando solidariedade à família de Wesley Belz Guidoni, que foi encontrado morto em uma cela do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina, no noroeste do Estado, na última quarta-feira (14). 
 
Wesley havia sido preso quatro dias antes da morte por desacato, resistência à prisão e danos. Durante os quatro dias em que ficou preso, foi levado duas vezes ao Hospital Sílvio Avidos, no mesmo município, por estar passando mal.
 
Ele foi encontrado morto na cela, em que estava sozinho. No entanto, o Serviço Médico Legal (SML) do município constatou que havia marcas compatíveis com espancamento no corpo de Wesley, além do pescoço quebrado. 
 
Na ocasião da morte de Wesley, a mãe dele, Necilda Simoura Belz, declarou à imprensa que o filho tinha problemas psicológicos e era alcoólatra, tinha arritmia cardíaca e pressão alta. Ela ressaltou que ele não havia se envolvido com drogas, ou tráfico. 
 
O conselho cobra rigorosa apuração do caso para que não paire nenhuma dúvida sobre suas circunstâncias, e que os envolvidos sejam responsabilizados. “Alertamos ainda que é necessário garantir todas as medidas para assegurar a proteção de possíveis testemunhas e dos familiares da vítima”, diz a nota.
 
A entidade também salienta que não aceitará em hipótese alguma o retorno dos tempos em que presos eram assassinados e esquartejados frequentemente nas unidades prisionais do Estado e que fizeram o CEDH acionar os mecanismos internacionais de direitos humanos.

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