Os trabalhadores do setor metalúrgico que estão em greve desde a sexta-feira (22) realizaram um movimento de reivindicação integrado em todo o Estado na manhã desta segunda-feira (26). A mobilização já atinge quase 18 mil trabalhadores.
Os atos públicos foram realizados nas portarias da Vale, ArcelorMittal Tubarão em Cariacica, Samarco e no interior. Em Linhares, no norte do Estado, trabalhadores da Unidade de Tratamento de Gás Natural (UTG) de Cacimbas paralisaram as atividades e os da WEG Motores, no mesmo município, protestaram na BR-101, bloqueando a passagem de veículos nos dois sentidos da pista.
Os trabalhadores, representados pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES), rejeitaram a proposta dos patrões em assembleia realizada na sexta-feira (23). Nesta terça-feira (27) vai ser realizada uma conciliação entre o Sindimetal e o Sindicato da Indústria Metalúrgica e de Material Elétrico do Estado (Sindifer) na Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE).
A última proposta dos empresários, que foi reiterada aos metalúrgicos, foi de reajuste salarial de 6,5% e avanço de 7% dos pisos salarial e profissional. Com esse reajuste os trabalhadores não terão nem 1% de ganho real, sendo que em outros estados a média é acima de 2%.
Os trabalhadores pleiteiam 10% de reajuste, 14% nos pisos salarial e profissional; tíquete de alimentação/cesta básica de R$ 230; plano de saúde extensivo à família, com desconto limitado de R$ 5.
A primeira proposta dos empresários foi rejeitada pelos trabalhadores e a categoria construiu em consonância com o Sindimetal uma nova proposta, que foi apresentada aos patrões que mantiveram a inicial. A bandeira central da campanha este ano é a elevação do piso salarial e profissional.