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Com privatização do Campo de Golfinho, sindicato cobra compensação

Valnisio Hoffmann aponta que Sindipetro tem pleiteado ampliação de investimentos no Estado

Com a entrega do Campo de Golfinho para a empresa BW Energy Maromba do Brasil Ltda (BWE), concretizada nesta semana, o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro/ES) reivindica uma compensação regional. Representantes da entidade se reunirão na próxima semana com a gerência de Gás da Petrobras para pleitear a ampliação da capacidade de produção da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, norte do Estado, que hoje produz cerca de 2 milhões de metros cúbicos de gás diariamente, mas tem capacidade para produzir 15 milhões.

O sindicato aguarda a confirmação do dia exato da reunião. A ampliação, acredita o coordenador geral do Sindipetro, Valnísio Hoffmann, pode ser uma das medidas de compensação, já que a entrega do Campo de Golfinho para a iniciativa privada trará prejuízos como a redução dos royalties, pois a Petrobras tem que destinar 10% para o Estado e municípios, enquanto que as pequenas e médias empresas, 5%. Hoffmann destaca, ainda, a redução das vagas de emprego e, consequentemente, menor fomento às atividades comerciais no norte do Estado, além da maior possibilidade de ocorrência de crimes ambientais.

A venda do Campo de Golfinho foi consolidada em março último, quando o Conselho de Administração da Petrobras optou pela manutenção de sua comercialização após análise dos processos de venda em curso em todo o Brasil, feita em virtude do ofício do Ministério de Minas e Energia, que requereu ao Conselho a suspensão das privatizações. Dos 38 ativos com venda em encaminhamento, foi mantida somente a de cinco, entre eles, os dois do Espírito Santo.
Desde então, segundo Hoffmann, a esperança de que o Campo de Golfinho não fosse entregue à iniciativa privada acabou. Mesmo com uma ação civil pública (ACP) em trâmite com o objetivo de suspender a venda do ativo, o dirigente acredita que não há como reverter. Por isso, antes mesmo da consolidação da entrega do campo para a BW Energy Maromba do Brasil Ltda (BWE), informa Hoffmann, o sindicato começou a reivindicar à gestão da Estatal ações de reparação.
Há duas semanas, informa, o sindicato buscou diálogo com a Diretoria de Exploração da Petrobras para tratar dos reservatórios do sul do Espírito Santo que têm potencial para novas perfurações, havendo possibilidade de extração de gás e óleo. A entidade, por intermédio do senador Fabiano Contarato (PT), também dialogou com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e solicitou a ampliação da capacidade de tancagem do Terminal Aquaviário de Barra do Riacho (TABR), em Aracruz, norte do Estado.


Sindicato move ação contra a venda de ativos da Petrobras no Estado

São solicitadas a paralisação da negociação dos campos Camarupim e Golfinho e a suspensão da transferência dos ativos


https://www.seculodiario.com.br/justica/sindipetro-move-acao-contra-a-venda-de-ativos-no-espirito-santo


Petrobras decide manter venda do Polo Norte Capixaba e do campo de Golfinho

Sindipetro-ES aponta que ministro Alexandre Silveira poderia suspender as vendas, mas deixou com o Conselho de Administração


https://www.seculodiario.com.br/economia/petrobras-decide-manter-venda-do-polo-norte-capixaba-e-do-campo-de-golfinho

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