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Técnico-administrativos da Ufes podem entrar em greve no próximo mês

Servidores votarão, em assembleia na próxima quarta-feira, a deflagração do movimento a partir do dia 11

O ano letivo na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) pode iniciar sem a presença dos trabalhadores técnico-administrativos no campus. É que, na próxima quarta-feira (28), os servidores realizarão assembleia para deliberar sobre a possibilidade de deflagração de greve a partir de 11 de março. As assembleias serão nos campi de Maruípe, às 9h, e de Goiabeiras, às 14h. A expectativa é de que a realização da greve seja aprovada.

“Tendo em vista o tamanho da defasagem salarial ao longo dos anos, a tendência é sim entrar em greve. Da mesma forma que a direita, no Congresso Nacional, tensiona o Governo Lula para defender seus interesses, nós, trabalhadores, também temos que tensionar” diz o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes), Wellington Pereira.

Os técnico-administrativos reivindicam reajuste salarial de 34,32%, mas o Governo Federal, na mesa de negociação realizada nessa quinta-feira (22), não sinalizou possibilidade de reajuste para o ano de 2024. De acordo com Wellington, esse percentual corresponde às perdas salariais desde o Governo Temer (MDB). Os servidores também reivindicam reestruturação da carreira, já que vários cargos já foram extintos, portanto, não é possível fazer concurso público.
Os trabalhadores já estão em estado de greve, aprovado pela categoria em assembleia realizada no dia 6 de fevereiro. A aprovação foi uma indicação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). A orientação ao estado de greve foi dada a sua base em uma plenária que aconteceu em dezembro de 2023.
Outra proposta aprovada pelos trabalhadores da Ufes foi a adesão ao Dia Nacional de Paralisação, que aconteceu nessa quinta-feira (22). Nessa data houve atividades como oficina de cartazes, ato na Reitoria um outro realizado pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), mas que o Sintufes incluiu em sua programação. A atividade buscou pautar a defesa da carreira, da educação pública, e da professora do Centro de Educação e do Programa de Pós-graduação em Psicologia Institucional (PPGPSI) da Ufes, Jacyara Paiva, aprovada em concurso público, mas que está sob ameaça de exoneração.

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