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Câmara de Kennedy prepara julgamento de vereadores afastados por corrupção

 

Depois da cassação do prefeito de Presidente Kennedy (litoral sul do Estado), Reginaldo Quinta (PTB), os vereadores do município vão se concentrar na definição do destino de quatro colegas afastados por participação nas fraudes reveladas na Operação Lee Oswald. Na próxima semana, as defesas dos acusados serão notificadas para a fase de alegações finais. A expectativa é de que eles sejam julgados pelo plenário da Câmara de Vereadores antes mesmo das eleições.
 
Assim como o prefeito cassado, os vereadores afastados Dorlei Fontão da Cruz (PR), Manoel José de Abreu Alves – o Brejeiro (PTB) -, Clarindo de Oliveira Fernandes (PDT) e Vera Lúcia de Almeida Terra (PTB) também são candidatos no pleito municipal. Caso sejam considerados culpados pela participação nas fraudes, o quarteto pode se tornar inelegível para a disputa.
 
Segundo informações da Câmara, todas as testemunhas arroladas pela defesa e acusação já foram ouvidas pela comissão processante. Também deverão ser utilizados como prova emprestada os áudios das escutas telefônicas que fazem parte do inquérito da operação policial. Desde o último dia 19 de abril, o quarteto está afastado do cargo por decisão do desembargador Pedro Valls Feu Rosa. O afastamento foi ratificado pela Câmara após a instalação da sindicância.
 
No início desta semana, o juiz da comarca de Presidente Kennedy, Ronaldo Domingues, negou um mandado de segurança pedido pelo ex-presidente da Casa, Dorlei Fontão, para suspender os trabalhos da comissão. Os quatro vereadores afastados foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPES) na ação penal referente à operação policial. Eles teriam se omitido em relação às fraudes no Executivo municipal em troca de benefícios, como a nomeação de cabos eleitorais em empresas terceirizadas.
 
Durante a Operação Lee Oswald, foram presas 28 pessoas, entre elas o então prefeito Reginaldo Quinta, secretários municipais e empresários apontados como partícipes no esquema. O grupo é acusado de fraudes em 21 contratos que chegam a R$ 55 milhões. Deste total, pelo menos R$ 9,5 milhões já teriam sido identificados como alvo de sobrepreço.

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