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Em 48 horas, MPES tem mais de cem denúncias sobre atos terroristas em Brasília

Informações são remetidas a autoridades federais e utilizadas para responsabilizar os criminosos no ES

Jefferson Ruddy/Ag. Senado

Em 48 horas, mais de cem denúncias e manifestações já foram feitas ao Ministério Público Estadual (MPES) com relação à participação de capixabas nos atos antidemocráticos e terroristas que destruíram prédios e bens públicos em Brasília no último domingo (8).

As informações chegam por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e da Ouvidoria do órgão ministerial – seja por e-mail, formulário na internet, aplicativo de celular ou telefone – e são utilizadas nas investigações conduzidas em âmbito estadual e federal.

“Com base nessas denúncias e demais apurações, o MPES faz o levantamento de pessoas do Espírito Santo envolvidas nos ataques. Os nomes são remetidos para autoridades de Brasília, que conduzem procedimentos relacionados a esses eventos. Em paralelo, o Ministério Público, por meio do Grupo de Atenção Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deve utilizar os dados como provas, para a responsabilização dos envolvidos em âmbito estadual”, informou o MPES nesta quinta-feira (12).

Até o momento, as denúncias “dão conta de pessoas que participaram efetivamente dos atos de destruição verificados na capital federal”, ressalta o órgão. “Trazem endereço, nome, fotos e postagens nas redes sociais. Também apontam financiadores e patrocinadores das viagens, com o fretamento de ônibus para Brasília”.

Para colaborar com as investigações, as manifestações podem ser enviadas para os seguintes canais: http://ouvidoria.mpes.mp.br; telefone 127 (seg. a sex., das 12h às 18h); e-mail [email protected]; e aplicativo MPES Cidadão (disponível para iOS e Android). “Os registros devem ser feitos com a maior quantidade de informações e detalhes possíveis, para auxiliar na apuração e esclarecimento dos fatos”.

Redes sociais

Nas redes sociais, também estão sendo feitas inúmeras identificações empíricas de participantes dos atos terroristas, como do ex-policial militar Valfrido Kipper e do ex-vice-prefeito de Pancas, Marcos Matavelli .

Entre os políticos eleitos em 2022, o senador Magno Malta (PL) consta na lista de 11 parlamentares que o Psol requereu, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que inclua entre os investigados nos crimes.

Prainha

Nos acampamentos golpistas montados na Prainha, em Vila Velha durante mais de 40 dias e desmobilizado na segunda-feira (9), dois empresários foram presos tentando resistir à desocupação empreendida pelas forças de segurança estaduais, mas foram soltos em seguida.

Ônibus

Já entre os ônibus que conduziram os manifestantes capixabas até Brasília, apenas um foi interceptado até o momento, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF/ES). A ação aconteceu na segunda-feira (9) no município de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Outros dois ônibus oriundos do Espírito Santo constam na lista dos procurados, segundo a decisão do STF, mas a PRF/ES ainda não tem informação de seu paradeiro.

Prevenção 

A PRF/ES ainda realizou uma ronda na Grande Vitória, também por determinação do STF, durante a noite desta quarta-feira (11) e madrugada de quinta-feira. “Foi um preventivo em relação a possíveis novas manifestações, já que havia uma convocação para ontem em Vitória, com possiblidade de se estender para outros locais, prédios públicos, rodovias. Não foi identificado nenhum ponto de manifestação. Os ônibus que passaram foram abordados, mas nenhum referente a manifestação do último domingo”, informou.

Gestão da crise

Nesta quinta-feira (12), o governador Renato Casagrande (PSB) assina decreto que criará o gabinete de gestão de crise para coordenar as ações de prevenção, monitoramento e resposta às atividades que atentem contra o Estado Democrático de Direito. 

Também já foram enviados a Brasília um grupo de 25 policiais militares para reforçar a segurança do Distrito Federal, atendendo ao pedido feito pelo presidente Lula (PL), que decretou intervenção federal no DF até o dia 31 de janeiro.

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