A situação dos estudantes secundaristas do interior do Estado continua sem solução. O ano letivo 2016 já começou e prevalece a falta de entendimento entre alunos e a Secretaria de Estado da Educação (Sedu). O governo insiste em não respeitar a posição de pais e alunos e esse impasse deve gerar novos protestos. Em Muniz Freire, a discussão é sobre o fechamento de escolas nas áreas rurais. Já em Colatina, a comunidade não aceita a imposição do Escola Viva.
Nessa terça a diretora da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Fabrícia Barbosa, esteve reunida com os estudantes das escolas da zona rural de Muniz Freire, no sul do Estado. O governo quer fechar três escolas da zona rural – Maria Cândido kneipp, Judith Viana Guedes e Menino Jesus. Juntas elas atendem a cerca de 300 alunos. A ideia do governo é transferir os estudantes para o Centro de Muniz Freire. Além da distância, as estradas que ligam as comunidades rurais e o Centro são precárias e em dias de chuva, se tornam intransitáveis.
Na reunião ficou definido que os estudantes vão fazer novos protestos na cidade. Nesta quarta-feira (3), o subsecretário de Educação, Eduardo Malini, esteve no município explicando o programa Escola Viva. Ele faria um encontro no mês passado, mas desistiu da agenda ao saber que o deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB), um dos críticos do programa e do fechamento de escolas, participaria do encontro.
Colatina
Nesta quinta-feira (4), os alunos da escola Conde de Linhares, que funciona no centro de Colatina, noroeste do Estado, vão fazer mais uma manifestação. Eles pedem o cumprimento da liminar da Justiça que determina a abertura de vagas para os cursos profissionalizantes que são oferecidos pela escola e foram suspensas no ano passado.
No final de 2015, os estudantes ocuparam a Escola e conseguiram a garantia de que os cursos profissionalizantes teriam as matrículas abertas, por força de uma liminar. Mas os estudantes denunciam que o governo do Estado não tem cumprido a determinação judicial.
O governo quer implantar no Conde de Linhares uma unidade do Escola Viva, mas a comunidade escolar rejeitou a proposta, porque entende ser mais importante para a realidade local os cursos tradicionalmente oferecidos pela escola e a manutenção do período noturno. A manifestação também terá o apoio da UBES.