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Ao declarar apoio a Casagrande, senador acerta fila sucessória de 2018

Diante do silêncio do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) sobre o papel que desempenhará no processo eleitoral do Estado, o também peemedebista, senador Ricardo Ferraço, decidiu não esperar seu companheiro e antecipou que abre mão da disputa e apoiará a reeleição do governador Renato Casagrande. 
 
Para os meios políticos, a decisão de Ricardo Ferraço acerta a fila sucessória de 2018, quando terminará seu mandato no Senado, podendo haver uma troca, com o peemedebista disputando o governo e governador, se reeleito disputando a vaga que hoje é ocupada por Ricardo Ferraço. 
 
O senador evita também uma movimentação que o exclua do jogo político para a disputa de outubro. Em 2010, Ricardo Ferraço já sofreu um revés, quando foi substituído na chapa palaciana, como candidato ao governo, por Renato Casagrande. 
 
No ano passado, o senador apresentou ao PMDB sua disposição em disputar o governo, mas a maioria no partido é contra a quebra de aliança com o PSB. Neste contexto, Ricardo Ferraço se fortalece internamente, com prefeitos e a bancada do partido na Assembleia. 
 
Uma movimentação das nacionais do PT e do PMDB, porém, estaria pressionando uma candidatura do ex-governador Paulo Hartung ao governo, considerando que ele tem mais condições de erguer um palanque de apoio a reeleição da presidente Dilma Rousseff no Estado e isolar o palanque de Eduardo Campos. 
 
Com uma postura cada vez mais crítica ao governo federal no Senado, Ricardo Ferraço já vinha dizendo a seus interlocutores que não estaria em um palanque de Dilma no Estado. O senador já vinha dando sinais de aproximação com Casagrande, por meio de conversas com o prefeito de Vitória Luciano Rezende (PPS), enquanto se afastava do ex-governador Paulo Hartung. 
 
Hartung estaria conversando com interlocutores no sentido de se posicionar sobre o pleito no final do mês. Embora haja uma forte movimentação indicando que ele será candidato em um palanque alternativo, o ex-governador tem problemas em convencer os membros de seu partido e a militância do PT capixaba também resiste em apoiá-lo.
 
A candidatura dele estaria condicionada a uma forte intervenção das nacionais dos dois partidos. Por isso, para boa parte do mercado político, Hartung trabalha para se fortalecer no palanque de Casagrande como candidato ao Senado e forçando um controle do jogo eleitoral deste ano, além de manter seus aliados dentro da estrutura do governo em um eventual segundo mandato de Casagrande. 

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