Os deputados estaduais retornam do recesso parlamentar nesta terça-feira (1) em um clima de expectativa sobre a relação com o Executivo de um terço do plenário, excluído do encontro de fim de semestre com o governador Paulo Hartung. A tendência é de que alguns deputados se posicionem de forma mais crítica em relação às matérias enviadas ao Legislativo.
Nada alterou na relação do governo com os deputados que estavam há mais tempo em rota de colisão com o Palácio, como Sérgio Majeski (PSDB), Josias Da Vitória e Euclério Sampaio, do PDT, e Theodorico Ferraço (DEM), que fecharam o semestre com um tom bem crítico ao governador Paulo Hartung.
A arrefecida nas movimentações do ex-governador Renato Casagrande pode também aumentar o tom dos deputados socialistas, na verdade, mais Freitas do que Bruno Lamas. O primeiro dava mais sinais de desalinhamento do que o segundo no fim do primeiro semestre, votando contra algumas matérias do governo.
Dividido também deve ficar o PT. O deputado Padre Honório tem assumido uma postura mais crítica em relação ao Executivo, já o deputado Nunes, que sempre foi um defensor da permanência do partido na base do governador, não deve se desalinhar do Palácio, mesmo tendo sido um dos excluídos do jantar com Hartung. Marcos Bruno (Rede) já estava afastado do governo há tempos e Almir Vieira (PRP) também não está satisfeito com a atenção dispensada pelo governo.
No retorno às atividades, as comissões parlamentares voltam a se reunir e os deputados a participarem das sessões ordinárias. Nesta terça-feira, a CPI da Sonegação de Tributos recebe o procurador do Estado José Alexandre Rezende Bellote, às 11 horas, no Plenário Dirceu Cardoso.
A Comissão permanente de Justiça volta aos trabalhos com 48 matérias na pauta da ordem do dia. Entre elas está a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 4/2017, de Enivaldo dos Anjos (PSD), que trata sobre a divulgação de gastos dos Poderes e órgãos do Estado.
