A assessoria do vereador Wanderson Marinho (PRP) requisitou nesta quarta-feira (4) as imagens da sessão de prestação de contas do prefeito Luciano Rezende (PPS), realizada nessa quarta-feira (3) na Câmara de Vitória. A assessoria do vereador quer identificar quem seriam os autores de um suposto ataque racista contra Wanderson. Os ocupantes das galerias teriam ofendido o vereador pejorativamente, aos gritos de “pretinnho“. Há relatos também de grunhidos imitando macacos.
O suposto ataque racista teria acontecido no momento em que Wanderson criticou o fato de o prefeito ter construído uma praça para cães em Jardim Camburi e ter negligenciado seus pedidos para promover políticas públicas para os negros, como a criação de uma secretaria.
Caso o gabinete encontre indícios da agressão, o vereador pretende tomar providências, já que se trata de crime de racismo. A coluna Praça Oito de A Gazeta desta quinta-feira (4), assinada pelo jornalista Vitor Vogas, registrou o ataque racista contra o vereador.
Único vereador negro da Câmara, esta e a segunda vez que Marinho é vítima de ataques racistas. No final de novembro passado, o vereador registrou boletim de ocorrência contra dois homens que teriam ofendido o legislador nas redes sociais.
A assessoria do vereador quer investigar o caso com cautela para não cometer injustiças. A situação pode aumentar ainda mais a tensão entre o legislativo e o Executivo, já que as galerias estavam tomadas por funcionários comissionados da prefeitura. Embora também houvesse lideranças comunitárias e aliados da oposição que lotavam o plenário. Mesmo com toda confusão que marcou a sessão dessa quarta, o gabinete do vereador se esforça para buscar as supostas imagens dos agressores.
Se comprovada a agressão verbal, o crime cometido é de injuria racial e a pena é de até oito anos de reclusão.