Ao analisar a composição das chapas registradas para a disputa da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), fica claro que os candidatos se preocuparam em equilibrar seus grupos buscando representar as regiões de forma ampla. Tanto na chapa do prefeito de Viana, Gilson Daniel (PV), como na chapa do prefeito de Linhares, Guerino Zanon (PMDB), os componentes indicam o equilíbrio entre Grande Vitória e interior do Estado.
Zanon vai disputar a presidência da Amunes ao lado do prefeito de Cariacica, Juninho (PPS), como vice, Gilson Amaro (DEM), de Santa Teresa, como tesoureiro e Luciano Pingo (PMDB), de Ibatiba, como secretário. Assim a chapa fica com um representante do norte, o próprio presidente, um da Grande Vitória e dois da região Serrana. Vale destacar, porém, que Gilson Amaro já presidiu a entidade e Pingo vem sendo visto como uma promessa no PMDB.
Os nomes na chapa de Zanon reforçam o perfil governista do grupo. A chapa, incentivada pelo Palácio Anchieta, busca manter o controle da entidade dos prefeitos, que até aqui atuou de forma pacífica com o Executivo. Os presidentes desde o primeiro mandato de Hartung, sempre atuaram como aliados do governo, sempre evitando confrontos, mesmo diante da necessidade de debate da pauta municipalista.
A chapa do prefeito de Viana, Gilson Daniel (PV), que é da Grande Vitória, traz um prefeito do noroeste como vice: Paulo Márcio (DEM), de Água Doce do Norte. O secretário-geral na chapa é o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), o que traz um peso político para o grupo, afinal, comanda o maior município em número de habitantes do Estado. O tesoureiro vem do sul do Estado, Ricardo Pereira (PDT), de Piúma, garantindo representatividade das regiões mais importantes do interior.
Até o próximo dia 23 de março pode haver mexidas nas chapas. Só a partir daí serão definidos os municípios que terão direito a voto na eleição do próximo dia 28. Com a adesão de Itapemirim à Associação, 77 municípios do Estado fazem parte da Amunes. Apenas Ponto Belo não é associado.
