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Casagrande e Hartung polarizam até entre os doadores de campanha

Não é só nas ruas que a campanha eleitoral ao governo do Estado está polarizada entre o governador Renato Casagrande (PSB) e o ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Na segunda prestação parcial de contas dos candidatos, divulgada nesse sábado (6) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as planilhas dos dois candidatos é bem parecida no que diz respeito à origem das principais doações. Sinal de que, para a classe empresarial, a disputa ainda está indefinida. Ninguém está disposto a cravar um votorioso a um mês das eleições.

Apesar de o ex-governador Paulo Hartung se manter na dianteira da corrida eleitoral, de acordo com a pesquisa Brand/Século Diário, a maioria das empresas doadoras de campanha do Estado preferiu não arriscar e apostou os mesmos valores nos dois candidatos. Mas há aquelas que assumiram preferências.

Casagrande foi a aposta da Cotia Vitoria Serviços e Comercio S/A, que doou R$ 250 mil até aqui na campanha do socialista. Já a Fibria Celulose S/A (Aracruz), aposta suas fichas em Paulo Hartung e até o momento “investiu” R$ 300 mil na campanha do peemedebista.

Tirando essas duas empresas que se destacam entre os doadores, o restante da prestação de contas dos dois candidatos é muito parecida, com empresas ligadas à mineração, exploração de granito, comércio exterior, logística, fabricação de móveis e outros.

Entre as empresas que apostaram nos dois candidatos estão a Bramagran – Brasileiro Mármore e Granito Ltda, que  contribuiu até agora com 10 mil para cada candidato. Outras empresas do setor de mármore e granito também preferiram não escolher um candidato e apostaram nos dois.

A Prysmian Energia Cabos e Sistemas do Brasil S/A, que se instalou no Estado durante o governo Paulo Hartung em uma controversa doação de uma área em São Torquato, Vila Velha, investiu R$ 100 mil em cada candidato.

As empresas de rocha parecem ter articulado uma estratégia para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, por enquanto, cada uma delas investiu valores pequenos nos dois candidatos, que variam de R$ 2,5 a R$ 5 mil. Como a próxima prestação de contas só acontece depois da eleição, a expectativa é de que os valores aumentem bastante neste último mês de campanha, e as preferências se definam mais.

A diferença entre Casagrande e Hartung vem das doações das nacionais dos partidos. Casagrande recebeu R$ 4,4 milhões do PSB Nacional. Ao todo, o governador arrecadou mais de R$ 6 milhões. Já  ex-governador Paulo Hartung não encheu os olhos do PMDB nacional. Sua segunda parcial de prestação de contas está em R$ 2,5 milhões, destes apenas R$ 305 mil vêm da nacional.

A situação de PSB e PMDB no Espírito Santo é inversa à de outros estados. Segundo levantamento do Valor Econômico desta segunda-feira (8), o PSB, que concentra sua força nos Estados do Nordeste e Norte, e está com dificuldade de reeleger seus governadores, não tem nenhum dos líderes de arrecadação nos oito Estados mais populosos do país.

Ainda segundo a publicação, os candidatos a governador e diretórios estaduais em que o PSB tem candidato majoritário tiveram receita muito inferior à dos concorrentes. Já o PMDB, em nível nacional, que em doações só ficou atrás do PT, mas segue na liderança dos recursos devido ao fundo partidário, tem inflado seus candidatos nos grandes colégios eleitorais.

De acordo com o Valor Econômico, no comando das doações nos oito Estados mais populosos do país está o PMDB. Os cinco peemedebistas que concorrem aos governos estaduais somaram R$ 65,4 milhões em contribuições até o início de setembro.

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